Conti, isto aqui é diferente

    Ao olharmos para o pouco futebol que praticam, há jogadores que nos permitem perceber o quanto podemos estar diante de um dos futuros grandes jogadores de uma equipa. A verdade é que esse era o rótulo que tínhamos inicialmente sobre Conti, o central argentino.

    O jovem jogador chegou ao clube da Luz com um grande peso nas costas. Não era o valor que o SL Benfica tinha gasto na sua contratação que pesava (estamos a falar de três milhões e meio e, para a idade que tem, acaba por ser um valor semelhante à média das compras do Benfica nos últimos anos). Refiro-me ao rótulo de promessa e presente garantia que tínhamos em mente sobre o futebol o mesmo. Ao serviço do CA Colón, o destaque foi tanto em apenas uma temporada na equipa principal que já se falava no jogador como um dos nomes que poderiam constar dos escolhidos para a seleção argentina. A par destes rumores falava-se também da possibilidade de reforçar, não o Benfica, mas sim outro clube de maior dimensão financeira da Europa.

    Depois da longa paragem, por lesão, de Jardel, e da reforma de Luisão, era necessário ter uma alternativa de grande nível. Conti tem mostrado muitas fragilidades, tanto na conexão com os restantes colegas de zona, como na hora de trabalhar defensivamente. Diria que a sua tenra idade, falta de experiência e a adaptação ao futebol nacional mais demorada do que o habitual fizeram com que Conti não fosse o escolhido para fazer dupla com Rúben Dias. Em jogos como aquele frente ao FC Bayern Munique é possível reparar que simples momentos defensivos são, de facto, complicados momentos defensivos para o argentino.

    Conti foi reforço do último mercado de transferências. Chegou rotulado de promessa, mas está longe de se exibir ao melhor nível
    Fonte: SL Benfica

    Que solução terá Conti? Ora bem, em primeiro lugar, a aprendizagem e adaptação. Tanto um ponto como o outro podem ser adquiridos com um empréstimo a um clube de menor dimensão do futebol nacional. Como é raro isso acontecer, um clube de segunda linha espanhola seria o ideal para o jogador. No clube, a exigência é maior. O banco seria o melhor lugar para Conti esta época, pois Jardel e Rúben Dias garantem (à partida) uma maior segurança defensiva.

    Contudo, não estou a dizer que Conti não seja um ativo importante para o Benfica: claro que é. Para mim, é a atual terceira opção do plantel. É um jovem talento, com boas caraterísticas físicas, com um bom jogo de pés (não agora)… Aquilo que mostrou na Argentina é algo que pode ser trabalhado nas sessões de treino.

    Força rapaz, este universo encarnado também é teu!

    Texto revisto por: Mariana Coelho

    Foto de Capa: SL Benfica

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    João Neves
    João Neveshttp://www.bolanarede.pt
    O João é benfiquista desde que se lembra. Nascido e criado em Aveiro, com uma experiência de cinco anos de vida em Moçambique, vive em Lisboa desde Agosto de 2015. A acompanhar os jogos do Benfica desde sempre e sem falhar a presença no Estádio da Luz pelo menos uma vez por ano, desde sempre que escreve textos pessoais acerca do Benfica e sobre o futebol em geral. Com coragem para defender e criticar o clube da Luz sempre que for preciso, tem mais interesse pela arte do futebol praticado do que pelas polémicas ou aspectos que mancham o desporto rei.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.