Dez anos de presidência em 4m24s

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    Atingiu-se o ponto mais baixo do Vierismo. Entre os compadrios, os negócios estranhos, os ex-funcionários do FC Porto na estrutura do clube e os Cortezes desta vida em campo, a coisa sempre foi andando. Com a conivência e o desleixo dos 83%, claro. Porque os restantes já vêm alertando para esta pouca vergonha há muito tempo atrás. Adiante. No “Benfica 10 horas” (programa do canal do clube) da passada quinta-feira, ligou para lá um sujeito de seu nome Fernando Santos. Num discurso incrivelmente semelhante ao do Pedro Guerra – qual é a função deste escroque no Benfica, mesmo? – começou a lançar para o ar uma série de baboseiras e elogios ao trabalho do Grande Líder. Já não bastava haver um Pedro Guerra, tínhamos ainda de levar com mais lambe-botistas satisfeitos com este estado de coisas? Não, puro engano. O Fernando Santos e o Pedro Guerra não são mais do que a mesma pessoa.

    Admito, porém, que os largos traços estéticos do escroque em causa possam levantar dúvidas sobre esse facto. Mas é mesmo isso. Não satisfeito com o excessivo tempo de antena que tem na Benfica TV, onde tão bem exibe a sua subserviência e vazio intelectual, utilizou os nomes do meio – o que o torna ainda mais patético – para se fazer passar por outra pessoa e continuar o seu puxa-saco Vierista. Importa ainda destacar que o senhor Fernando Santos foi o último ouvinte do referido programa. São tudo puras coincidências, com certeza. Qual a credibilidade da Benfica TV depois disto? Quantas e quantas vezes não terão já sido feitas coisas semelhantes? Como as palavras nunca chegarão para classificar este escabroso episódio, aqui fica, antes que a censura tome conta dele:

    Poderia dizer que esta situação me mete nojo, mas não seria suficiente. Nem os dicionários se prepararam para a possibilidade da existência e do mediatismo dos Pedros Guerras. Que Benfica é este? É por estes caminhos obscuros, por estes tachos e com estas atitudes desta gentalha que desgoverna o clube que queremos ir? Se nada for feito, se sócios e adeptos continuarem a compactuar com esta lama que gravita em torno do Benfica, onde é que vamos parar? É puro contra-senso falar do Querido Líder e dos Pedros Guerras que invadem o Benfica diariamente num espaço chamado “Benfica à Benfica”.

    Mas 83% escolheram este caminho, resta lutar contra isso. A carneirada Vierista guardará este episódio bem longe dessa valiosa coisa que é a memória, com certeza. De resto, isso vem sendo um episódio recorrente da memória selectiva de quem elege e admira gente desta estirpe. Salve-se o betão, “as contas em dia, que nem parecem de um clube português” e as casas do Benfica “de-di-ca-díssimas”. Tendo isso, temos tudo e estaremos cada vez mais perto  de deixar o Benfica apenas para quem o viu antes de 1994. Porque isto é tudo menos Benfica.

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