Ángel Di María | Mais do que um reforço

    Benfica

    Esta crónica foi escrita antes da confirmação oficial da contratação de Ángel Di María.

    Já passaram alguns dias desde que a imprensa desportiva dá como certo o regresso de Ángel Dí Maria ao Sport Lisboa e Benfica, depois de ter saído a custo zero da Juventus. Este rumor tem deixado os adeptos encarnados entusiasmados, visto que apesar dos seus 35 anos, o extremo argentino ainda mostra ser capaz de fazer a diferença.

    A confirmação do regresso de Di María não seria o regresso de um jogador que muitas saudades deixou por cá enquanto brilhava ao mais alto nível. Será também o regresso de um jogador que colocou o Benfica no mapa de muitos jogadores que viriam a representar o clube posteriormente.

    Ángel Di María foi contratado pelo Benfica no ano de 2007, pagando seis milhões de euros ao Rosario Central. Nas duas primeiras épocas, o extremo argentino jogaria regularmente, mas alternando entre a titularidade e o banco de suplentes. Seria na terceira temporada sob o comando técnico de Jorge Jesus, que Di María explodiu, ajudando a equipa a ser campeã nacional, sendo posteriormente vendido ao Real Madrid por 30 milhões de euros.

    A verdade é que Di María deixou a sua marca no Benfica não só pelo seu rendimento e valorização, mas também porque mostrou à estrutura do Benfica qual o caminho que deveria seguir para construir uma equipa mais competitiva e capaz de ganhar troféus.

    Em 2007, o Sport Lisboa e Benfica já tinha quebrado o seu jejum de troféus e já tinha saído do célebre “Período do Vietname”. No entanto, o Benfica vinha a ter dificuldades em manter uma equipa e capaz de conquistar de troféus de forma mais consistente. Mas isto acontecia porquê?

    No período entre 2002 e 2005, o Benfica viria finalmente a voltar construir uma equipa competitiva, assente numa espinha dorsal formada por jogadores como Simão Sabrosa, Nuno Gomes, Petit, Tiago, Ricardo Rocha ou Miguel; uma espinha dorsal formada por jogadores portugueses. No entanto, com a saída de alguns jogadores e a entrada na fase descendente das suas carreiras de outros, o Benfica via-se forçado a renovar esta espinha dorsal e estava a ter dificuldades para o conseguir.

    Isto, porque a capacidade de scouting e de recrutamento de atletas estrangeiros por parte do Benfica era muito fraca. Exceptuando raros casos como os de Luisão, Léo ou Miccoli, a maioria dos jogadores estrangeiros que reforçavam o Benfica não faziam a diferença que se esperava que fizessem.

    E seria neste ano de 2007, que Ángel Di María, junto com outros jogadores que reforçaram o Benfica nesse ano como Daviz Luíz, Óscar Cardozo ou Maxi Pereira, abriram as portas ao Benfica sobre qual o caminho que deveriam seguir a nível da política desportiva, de modo a que o Benfica pudesse construir uma equipa mais competitiva.

    Daqui para a frente, viriam a ser muitos os jogadores sul-americanos que viriam a reforçar o Benfica e a deixar a sua marca no clube encarnado.

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    Tiago Serrano
    Tiago Serranohttp://www.bolanarede.pt
    O Tiago é um jovem natural de Montemor-o-Novo, de uma região onde o futebol tem pouca visibilidade. Desde que se lembra é adepto fervoroso do Sport Lisboa e Benfica, mas também aprecia e acompanha o futebol em geral. Gosta muito de escrever sobre futebol e por isso decidiu abraçar este projeto, com o intuito de crescer a nível profissional e pessoal.