Dois caminhos, um destino

    paixaovermelha

    Com a derrota do Sporting no Dragão, o campeonato passou a ser (quase) oficialmente uma luta a dois; luta essa que, à exceção da época passada, se tornou comum nos últimos anos. Benfica ou FC Porto: um destes será, com certeza, o próximo campeão nacional. Devido ao alargamento do número de equipa na Primeira Liga, entrámos em Março com onze jornadas ainda em disputa – 33 pontos, portanto. Sendo prematuro considerar que já entrámos na reta final da competição, parece-me óbvio que o ciclo de seis jogos até ao embate dos dois colossos portugueses terá enorme relevo no desfecho final. Até ao Benfica- FC Porto, referente à 30ª jornada, estes são os caminhos que separam os eternos rivais:

    Benfica – Arouca (F); Braga (C); Rio Ave (F); Nacional (C); Académica (C); Belenenses (F)

    FC Porto – Braga (F); Arouca (C); Nacional (F); Estoril (C); Rio Ave (F); Académica (C)

    As ilações que podemos tirar deste curto exercício são pouquíssimas e sempre demasiado teóricas. Ainda assim, ambos os clubes jogam três vezes fora e três vezes no seu estádio. As deslocações do FC Porto são, contudo, teoricamente mais difíceis, uma vez que os dragões terão uma deslocação ao reduto do SC Braga e ao do Nacional da Madeira. O Benfica, por seu turno, joga fora, frente ao Belenenses, antes da receção ao FC Porto. Certamente que os encarnados sentirão uma forte pressão para não vacilar antes de um jogo de extrema importância. No entanto, o futebol já provou, em diversos momentos, que até o mais fácil dos adversários poderá ser um grande obstáculo.

    Na maioria das vezes a qualidade prevalece, evidentemente. Porém, nessa diferença – em tantas ocasiões demasiado gritante -, há sempre lugar para surpresas. Há muito que o futebol se tornou num jogo estratégico. E a estratégia, quando bem executada, cria barreiras. E quantas vezes não vimos um Arouca ou uma Académica com barreiras quase intransponíveis!?

    A onda vermelha vai ser uma forte motivação no ataque ao bicampeonato Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
    A onda vermelha vai ser uma forte motivação no ataque ao bicampeonato
    Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

    Com ou sem barreiras por ultrapassar, serão seis os adversários até ao jogo mais importante da época, importante e decisivo. Sim, os jogos grandes, como os clássicos e os dérbis, são altamente decisivos. Não só em termos pontuais como, também, em termos anímicos. Infelizmente, criou-se um mito sobre a irrelevância dos jogos grandes nos programas desportivos dos mais variados canais televisivos que não corresponde à verdade. É incompreensível como os últimos anos do futebol português não ajudaram a desmistificar esta enorme mentira. Não tenho qualquer dúvida de que o vencedor do Benfica – FC Porto estará muito mais próximo de se tornar o próximo campeão nacional.

    Muitos dirão que o caminho até ao grande embate será calmo e seguro até ao grande embate. Custa-me a acreditar que nenhum dos dois perderá pontos nos próximos seis jogos, tendo em conta o calendário e o acumular de desgaste físico. Veremos quem vacila primeiro. E aí, caros amigos, poderá perfeitamente estar a chave do jogo mais aguardado.

    Foto de Capa: Sport Lisboa e Benfica

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Perfil BnR | Especial Eleições FC Porto: Pinto da Costa

    O Perfil BnR tem como missão apresentar elementos importantes...

    Perfil BnR | Especial Eleições FC Porto: André Villas-Boas

    O Perfil BnR tem como missão apresentar elementos importantes...

    Perfil BnR | Especial Eleições FC Porto: Nuno Lobo

    O Perfil BnR tem como missão apresentar elementos importantes...
    Pedro Beleza
    Pedro Beleza
    Benfiquista até ao último osso, mudou-se do Norte para Lisboa para poder ver o seu Benfica e só depois estudar Jornalismo. O Pedro é, acima de tudo, apaixonado pelo desporto rei e não perde uma oportunidade de ver um bom jogo de futebol.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.