Estoril 2-3 Benfica: No final, tudo bem

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    Após a perda de pontos de Sporting e Porto ontem à noite, exigia-se ao Benfica uma resposta forte para dilatar a distância pontual sobre os rivais. E assim aconteceu na Amoreira. Com uma entrada “à campeão” do Campeão Nacional, aos 8 minutos já o talento que José Mourinho Jorge Jesus descobriu tinha bisado. Primeiro, Talisca começou, Talisca continuou e Talisca finalizou uma excelente arrancada desde o meio-campo, ainda que a displicente defensiva do Estoril não esteja isenta de culpas em todo o lance. Como também não está no segundo golo, em que o “presente” de Diogo Amado foi aproveitado pelo oportuníssimo Gaitán – o melhor em campo – para servir D’Artagnan Talisca para o 0-2. Apesar da confortável e madrugadora vantagem, o Benfica continuou a carregar sobre o Estoril, que sentia muitas dificuldades em sair do seu meio-campo. Foram vários os lances criados para o 0-3, ora por Salvio, ora por Gaitán, ora por Lima. Com o velho ditado já conhecido do futebol de “quem não marca sofre”, a menor intensidade que a equipa de Jorge Jesus colocou no jogo a partir dos 25 minutos trouxe o Estoril de volta ao jogo. E o Estoril começou a assustar a defensiva encarnada, que ao longo de todo o jogo demonstrou estar ainda longe de afinada. Sem surpresa, o Estoril fez o 1-2 por Diogo Amado, o mesmo que oferecera o segundo golo ao Benfica.

    Talisca já leva cinco golos no campeonato e começa a convencer os adeptos. Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica
    Talisca já leva cinco golos no campeonato e começa a convencer os adeptos
    Fonte: Facebook do Sport Lisboa e Benfica

    O intervalo acabou por fazer bem ao Benfica e não tão bem ao Estoril, apesar de ter alcançado o empate numa excelente combinação ofensiva finalizada por Kléber, que foi uma constante dor de cabeça para Jardel – péssimo jogo! – e Luisão. O resultado pouco interessava aos encarnados e Jesus resgatou Derley do banco para o lugar de Talisca, com exibição apagada, muito embora decisiva com os dois golos apontados. O Benfica demorava a voltar a pegar o controlo do jogo, situação que a justa expulsão de Cabrera resolveu. Jesus não esperou e retirou Samaris de campo, entregou a batuta de maestro a Gaitán e encostou Ola John à esquerda. Nova fórmula que nem tempo teve para ser testada, visto que o 2-3 chegou no minuto a seguir. Salvio – enorme jogo do argentino – isolou Derley, este contornou Kieszek e ofereceu a felicidade do golo a Lima.

    A jogar com 10 e com o Benfica a poder gerir a vantagem no marcador, não mais o Estoril incomodou a defensiva encarnada. Um excelente final de tarde de futebol na Amoreira, com 8.000 nas bancadas, o Porto a 4 e o Sporting a 6. O que ainda é mais valioso se nos lembrarmos de que as equipas de Jorge Jesus, por norma, atingem o seu pico de forma na segunda metade do campeonato. Até lá, urge resolver as debilidades defensivas que temos vindo a apresentar e que podem custar caro num dia menos inspirado.

    A Figura

    Nico Gaitán – É surreal o lote de recursos do génio argentino. Na melhor fase da carreira, joga, faz jogar e delicia quem gosta de futebol.

    O Fora-de-Jogo

    Jardel – É na posição de defesa-central que existe a maior diferença de qualidade entre a época passada e esta. Sendo certo que nunca será metade de Garay, Jardel não tem estado bem. Erros atrás de erros na Amoreira fazem-me pensar em… Lisandro.

     

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    Francisco Vaz de Miranda
    Francisco Vaz de Miranda
    Apoia o Sport Lisboa e Benfica (nunca o Benfas ou derivados) e, dos últimos 125 jogos na Luz, deve ter estado em 150. Kelvin ou Ivanovic não são suficientes para beliscar o seu fervor benfiquista.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.