Uma tarde de Gegenpressing | Benfica

    Benfica

    Gegenpressing é o termo utilizado para definir um estilo de jogo que tem como principais fundamentos e características a pressão alta e intensa na recuperação da posse de bola, de preferência, nas zonas mais avançadas do terreno. Um modelo popularizado por Jurgen Klopp e com bastantes ligações ao futebol alemão, foi implementado por Roger Schmidt quando chegou ao comando técnico do Benfica na temporada passada, mas que se perdeu nesta segunda época.

    Um estilo de jogo que requer uma grande capacidade física, e disponibilidade defensiva desde o primeiro elemento da frente de ataque até ao último bem lá atrás, não foi utilizado esta temporada principalmente devido ao facto de peças fundamentais do onze para Roger Schmidt, como Arthur Cabral, Di María ou Orkun Kockçu, por exemplo, não se inserirem nesse modelo.

    No entanto, o encontro frente ao Vizela onde os encarnados atropelaram por completo a equipa visitante por seis bolas a uma, foi uma boa amostra do poder que uma equipa bem estruturada e sincronizada pode ter, recordando um pouco o futebol praticado na última temporada. A utilização de Tengstedt, Tiago Gouveia e Neres, acompanhada pelo já habitual titular Rafa, permitiu que o tal gegenpressing fosse reutilizado e os resultados não tardaram em chegar. Numa primeira parte absolutamente fenomenal dos encarnados, a frente de ataque entendeu-se às mil maravilhas, de forma intensa e sincrónica, como se já estivessem habituados a jogar regularmente juntos, algo que não acontece.

    Casper Tengstedt no jogo entre o Benfica e o Vizela
    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Tengstedt ao voltar de lesão mostrou-se completamente apto, começando na pressão ofensiva até à fácil associação com os companheiros, que resultou numa assistência para Rafa. Ficou só a faltar um golo ao dinamarquês para coroar a boa exibição no regresso. Já Tiago Gouveia e David Neres, na ala esquerda e direita respectivamente, foram, a par de Rafa, incansáveis na frente de ataque apresentando um futebol fluido, progressista e renovado, a roçar o limiar da perfeição no que diz respeito àquilo que se pretende de jogadores que atuam nas suas posições.

    Num jogo que o técnico dos encarnados descreveu como “fantástico” e “um dos melhores da temporada”, tendo remodelado a equipa para fazer descansar os habituais titulares, resta a dúvida se as notas retiradas do mesmo serão utilizadas nos próximos encontros ou não.

    Nicolás Otamendi e jogadores do Benfica após a vitória sobre o Vizela.
    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Assistiremos a uma reforma na equipa que traga de volta uma filosofia outrora utilizada e com garantias de sucesso, ou terá este jogo e este gegenpressing servido apenas como uma mera experiência de um dia?

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    Guilherme Terras Marques
    Guilherme Terras Marques
    Orgulhoso estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vê no futebol e na sua cultura uma paixão. É apenas mais um jovem ambicioso que sonha fazer do jornalismo desportivo a sua vida. Escreve com o novo acordo ortográfico