Gil Vicente FC 0-1 SL Benfica: A águia soube voar e o galo ficou pelo tentar

    A CRÓNICA: VINÍCIUS TEVE CABEÇA PARA COLOCAR O BENFICA EM PRIMEIRO LUGAR

    Era um daqueles jogos que pode decidir a vida de ambas as equipas: de um lado, uma das equipas sensação da Primeira Liga, a tentar alcançar a tão desejada manutenção, que fez do seu estádio uma fortaleza, praticamente inviolável e, o Gil Vicente FC, do outro, o Campeão Nacional e recandidato ao título, a precisar desesperadamente de ganhar para reconquistar a liderança, SL Benfica. Só a vitória servia para ambos.

    O Benfica começou a dominar, mantendo e circulando a bola e apostando nos passes longos de Samaris, como seria expectável e aos 7’, assustou pela primeira vez com Pizzi, de ângulo reduzido, a atirar ao lado. Aos 15’, numa jogada de insistência, Vinicíus deu o melhor seguimento a um cruzamento milimétrico para colocar os encarnados em vantagem com uma cabeçada certeira. O Gil respondeu bem com Baraye a assustar as hostes benfiquistas, aos 18’. Aos 23’, numa perda de Weigl, Kraev pôs Odysseas em sentido e logo depois, um cabeceamento de Baraye a obrigar Odysseas a defesa apertada.

    O Benfica respondeu por Taarabt a tentar surpreender, com um petardo de fora de área aos 25’. Aos 31’, numa bola parada, Lourency quase empatava. Aos 35’, Vinícius bisa na partida, após erro da defensiva gilista mas o lance é anulado por fora de jogo do brasileiro. Aos 37’, Rúben Dias envolve-se no ataque e quase oferece o golo a Taarabt . Aos 43’, mais uma vez Vinícius a falhar a emenda.

    Em cima do intervalo, asneira de Tomás Tavares que quase isola Sandro Lima, que assiste Lourency, permitindo a Ferro uma excelente intervenção a resolver o problema, levando assim os actuais campeões nacionais para o descanso em vantagem. Depois do intervalo, O Gil voltou com vontade de discutir o jogo, com um remate de Gomes logo aos 46’, mas o Benfica respondeu logo a seguir com Vinícius, o inevitável. Baraye assustou aos 51’, após aguentar a pressão de Tomás Tavares. Aos 66’, Taarabt, servido por Pizzi, numa bela jogada individual, atirou à trave. Aos 72’, o filho da casa, Hugo Vieira, atirou contra de Vlachodimos. Ia ser até ao último minuto. Aos 93’, o Benfica quase matou o jogo por intermédio de Cervi. O jogo terminou logo a seguir, com Ferro a pedir apoio às bancadas, recebendo uma resposta como o jogo: forte e cheia de raça. O Benfica foi assim o único “grande” a vencer na fortaleza gilista, com um jogo sofrido mas em que a vitória acaba por ser assertiva. A diferença entre o Gil e o Benfica foi só uma: a águia voou, o galo não.

     

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Vinícius – Um pesadelo para os de Barcelos. Deu cabo da cabeça da defesa gilista, marcando um golo e tentando até ao fim mais um. Soube procurar os espaços mas, também jogar de costas para a baliza. Que continue assim frente ao FK Shakhtar.  

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Gil Vicente FC

    Kraev – O búlgaro costuma ser o maestro dos gilistas mas hoje, fruto da coesão a meio-campo do Benfica, conferida por Samaris, pouco interviu. Teve sempre de vir buscar o jogo atrás, não conseguindo imprimir a magia a que nos habituou. Saiu dando lugar a Hugo Vieira, quando a equipa de Barcelos procurava incessantemente o golo.

    ANÁLISE TÁTICA – GIL VICENTE FC

    O Gil Vicente FC entrou em campo no habitual 4-3-3, com Kraev a tentar construir, acompanhando o ponta-de-lança, Sandro Lima, mas a verdade é que o perigo vinha sempre das alas com Lourency e Baraye. No entanto, faltou sempre clarividência no último terço. Esse foco chegou com Hugo Vieira, que embora tenha jogado pouco tempo, foi sempre dos mais perigosos. O Gil sai do seu reduto de cabeça levantada, pois fez o campeão nacional suar e jogar mal para recuperar a liderança.

     

    ONZES INICIAIS E PONTUAÇÕES

    Denis (6)

    Fernando Fonseca (5)

    Nogueira (4)

    Rúben Fernandes (6)

    Henrique Gomes (5)

    Soares (6)

    Claude Gonçalves (5)

    Kraev (3)

    Baraye (6)

    Sandro Lima (5)

    Lourency (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Vieira (7)

    Lino (5)

    Arthur (5)

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

    Bruno Lage enrijeceu o seu 4-4-2 com Samaris a ser o cérebro do miolo e ao mesmo tempo o patrão da transição defensiva. Com Taarabt mais avançado e jogando entre linhas, coube a Vinicius aparecer na área e ganhar espaços e a Rafa surpreender com a sua velocidade em contra-ataques. Com os passes longos de Samaris e os passes a rasgar de Taarabt, o Benfica ia fazendo por marcar cedo para poder descansar, mas esse golo nunca chegou, apesar das incursões do Benfica à área gilista. No entanto, a partir dos 70’, o jogo partiu-se e cheirou a golo no Cidade de Barcelos até ao final. Mas o Benfica dormiu na liderança.

     

    ONZES INICIAIS E PONTUAÇÕES

    Vlachodimos (7)

    Tomás Tavares (3)

     Rúben Dias (5)

    Ferro (6)

    Grimaldo (6)

     Pizzi (6)

    Weigl (6)

    Samaris (7)

    Rafa (7)

    Taarabt (7)

    Vinícius (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Dyego Sousa (5)

    Cervi (6)

    Chiquinho (4)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Gil Vicente FC

    Não foi possível colocar questões ao treinador do Gil Vicente FC, Vítor Oliveira.

    SL Benfica

    BnR: Sentindo a equipa cada vez mais coesa ao longo destes jogos que têm corrido menos bem, sente que esta vitória e esta exibição podem moralizar a equipa para o jogo de quinta-feira com o Shaktar?

    Bruno Lage: Sim claro, o grupo está sempre unido, isso é visível, eles estão dispostos a dar tudo. É um facto, os grandes clubes e os grandes jogadores vivem de vencer e esta vitória dá esse alento de voltar a vencer e agora é olhar para o jogo de quinta-feira com essa ambição enorme de vencer.

    Foto de Capa: SL Benfica

    Revisto por: Jorge Neves

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    Inês Figueiredo Mendanha
    Inês Figueiredo Mendanhahttp://www.bolanarede.pt
    A Maria é uma orgulhosa barqueirense (e por inerência barcelense ) que aprendeu a gostar de futebol antes de saber andar. Embora seja apologista das peladinhas entre amigos, sai-se melhor deixando o que pensa gravado em papel. Benfiquista de coração e Gilista por devoção é sobretudo apaixonada pelo futebol que faz o país parar quando a bola começa a rolar.                                                                                                                                                 A Maria escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.