Jonas Gonçalves Oliveira ou, simplesmente, Jonas “Pistolas”. Considerado por muitos o melhor jogador a atuar no campeonato português nos últimos quatro anos. Por mais que não seja pela quantidade quase “pornográfica” de golos que marca por época. Mas Jonas é muito mais do que isso. Aliado ao seu infalível instinto goleador, o avançado brasileiro denota de uma qualidade técnico-tática superior aos demais em Portugal. É um verdadeiro prazer vê-lo jogar em campo.
Desde os tempos de Óscar Cardozo que nenhum outro avançado no clube conseguiu atingir a meta dos vinte golos na liga portuguesa. Por muito bons que fossem os avançados que por cá passavam, nenhum deles chegou à quantidade exuberante de “tentos” que Jonas tem conseguido nos últimos anos.
Para juntarmos ao facto de ser uma mais valia ao plantel encarnado, vale a pena lembrar que veio a custo zero do Valência, visto não darem “nada” por ele. Logo na sua primeira partida, num jogo a contar para a taça de Portugal, fez um hattrik. A partir daí, o avançado brasileiro ganhou um lugar indiscutível na equipa titular, de onde nunca mais saiu. Apesar de ter começado a jogar pela equipa principal já quase a meio da época (2014/2015), chegou a marcar mais de 30 golos em todas as competições.
A caminhar para a quinta temporada de águia ao peito, Jonas soma cento e vinte e dois golos, tornando-se o segundo melhor marcador estrangeiro do clube, atrás de Óscar Cardozo, e ainda integrando o top-20 dos melhores de sempre (portugueses e estrangeiros). Jonas Pistolas é, sem dúvida, o artilheiro do Benfica deste século.
Para além dos prémios individuais que vai arrecadando – que são já oito – destacam-se também os títulos conquistados com a camisola vermelha e branca. Três ligas portuguesas, duas taças da liga, duas supertaças e uma taça de Portugal. Muito se deve ao seu imenso contributo em campo.
Mas, com trinta e quatro anos, o avançado brasileiro está numa fase “terminal” da carreira. Apesar de, estando bem fisicamente, ser uma mais valia para a equipa. Alguém que consiga marcar mais de trinta golos por época nunca pode ser menosprezado. Muito menos Jonas que dá bastante mais à equipa do que só o próprio golo. A verdade é que os responsáveis do clube já tentaram a sua venda. Algo que podia ser benéfico em termos financeiros, visto que um futebolista com esta idade avançada a ser vendido por mais de 10 milhões seria considerado um grande negócio.
A grande questão que se levanta é: E o Benfica depois de Jonas, como será? Visto que o brasileiro é responsável por quase metade dos golos que a equipa marca em toda a época, difícil será a tarefa de encontrar um substituto a altura.
«Um jogador com as características de Jonas é difícil de encontrar. A bom preço mais difícil ainda. Só para não falar a custo zero!…»
Realmente, não se advinha trabalho fácil para Rui Vitoria, que tem de arranjar solução e fazer render a equipa sem Jonas.
Com a principal tarefa de conquistar novamente o título nacional, o clube está a postar forte no mercado. Nomes sonantes têm sido constantemente associados ao clube. Ao contrário de outras épocas, estes mesmos “nomes” têm posto o “preto no branco”.