A opção pode passar pela entrada de Weigl para o lugar de Gabriel, deixando Taarabt como um elo de ligação ao ataque. Na minha opinião, esta seria a melhor opção.
Colocar Weigl ao lado de Gabriel daria uma grande consistência ao meio campo encarnado, o que poderá ser útil em jogos frente a adversários que causem mais dificuldades à equipa das águias. No entanto, frente à maioria das equipas do campeonato, este pode ser um miolo demasiado defensivo.
Outra opção seria a saída de Chiquinho e a subida de Taarabt no terreno. Esta também não me parece a melhor solução, devido, novamente, ao elevado cariz defensivo do setor intermédio e à saída do marroquino de uma posição onde tem sido fulcral.
A transferência de Weigl foi um ato de gestão de fantástico por parte da estrutura encarnada. Esta contratação parece finalmente ir ao encontro da ambição europeia da qual o presidente tanto fala. A chegada do alemão mostra também que é possível ao Benfica trazer jogadores de gabarito para Portugal.
Por muito que existam jogadores de qualidade no Seixal, e que a direção tenha o desejo de apostar na prata da casa, existirá sempre a necessidade de trazer jogadores desta qualidade para o plantel, tanto para servirem de modelo para os mais novos, como para acrescentar qualidade à equipa.
As eleições para a presidência do Benfica em 2020 terão tido também muita importância nesta decisão. Weigl pode funcionar como uma bandeira de Luís Filipe Vieira, naquela que será (hipoteticamente) uma séria aposta na Europa, agradando assim aos adeptos indignados com os desaires europeus.
O que é certo é que Weigl é uma das melhores contratações dos últimos anos em Portugal e irá contribuir muito para o sucesso pretendido pela equipa encarnada. A chegada de jogadores deste calibre (Weigl, Edwards ou Casillas por exemplo) permitirá um aumento tanto na qualidade de jogo como na visibilidade da liga. A nossa liga necessita tanto destes incrementos…
Foto de capa: SL Benfica
Artigo revisto por Joana Mendes