Liga dos Campeões | SL Benfica reencontra PAOK na 3.ª pré-eliminatória

    Possivelmente o pior adversário nas circunstâncias menos apetecíveis: ao SL Benfica de Jorge Jesus calhou em sorte o PAOK de Abel Ferreira na Liga dos Campeões, num embate único a ser jogado no Toumba, casa dos gregos, a 15 ou 16 de Setembro.

    Numa fase da competição em que dificilmente os encarnados não teriam condição de favoritos, esta era a única hipótese de equilíbrio na balança da competitividade. Os gregos já despacharam de forma contudente o Besiktas JK na ronda anterior (3-1, com 3-0 aos 29’ e oportunidade de fazer o 4-1 aos 41’, através de uma grande penalidade falhada) e olham para a visita de Jorge Jesus como nova oportunidade de mostrar qualidades que lhes permitam alcançar o que nunca conseguiram – a entrada na fase de grupos da Champions.

    As águias negras apresentam-se em 2020-21 com as ideias do seu treinador completamente consolidadas e espera-se muito de uma equipa que não conseguiu destronar o Olympiakos FC do topo do futebol grego (segundo lugar na liga), mas que promete outras ambições para esta época.

    No primeiro ano de Abel Ferreira os resultados europeus não foram animadores, houve queda nas primeiras rondas europeias (5-4 agregado com o Ajax na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, 3-3f com o Slovan Bratislava no play-off da Liga Europa), mas nas provas nacionais só o conjunto de Pedro Martins foi mais forte (além do segundo lugar, Abel só caiu na taça precisamente contra ele, nas meias-finais).

    Para este ano, as esperanças de um final feliz foram redobradas dada a qualidade existente. A maioria das peças fulcrais do onze mantêm-se (por enquanto) no clube e houve adição de talento nacional vindo da cantera – Tziolis, homem de último terço, bisou frente ao Besiktas, e Michailidis, central moderno, são diamantes em bruto por lapidar – que ajudará a alavancar o nível de jogo da equipa para patamares de excelência no historial do clube.

    Abel Ferreira nunca venceu o Benfica, mas tem duas vitórias, um empate e uma derrota frente a Jorge Jesus.
    Fonte: Bola na Rede

    Frente aos turcos, Abel deixou por terra o seu 4-4-2 e assumiu definitivamente o 3-4-3, como em algumas fases de SC Braga: Zivkovic continuou o titular da baliza, ele que foi o titular no campeonato em 19-20; à dupla titular, Varela (ex-Feirense) e Ingason, juntou-se precisamente Michailidis; nas alas, à direita, Rodrigo (ex-Aves) e Giannoulis no lado contrário; no duplo-pivot de meio-campo, Schwab (ex-Rapid Viena e principal contratação desta época) acompanhou El Kaddouri (um dos líderes da equipa); na frente, o prodígio Tziolis jogou lado a lado com Akpom e Pelkas (ex-Vitória de Setúbal), relegando para o banco a figura do ano passado, Swiderski, que com 14 golos foi o principal artilheiro da equipa e a quem os rumores colocam na porta da saída… Tendo como destino o FC Porto.

    Limnios, extremo-direito titular do ano transacto, e Anderson Esiti, nigeriano que já actuou em Portugal e contratado por três milhões de euros há um ano, saltaram do banco e fazem parte do lote dos mais utilizados.

    Josip Misic, contratado ao Sporting em 2019, foi o MVP da época dos gregos (quatro prémios de Melhor do Mês), mas encontra-se lesionado, com perspectivas de retorno apenas em Outubro.

    De relembrar que os últimos encontros entre Benfica e PAOK aconteceram há pouquíssimo tempo, em 2018-19, e que os encarnados eliminaram os gregos com um 1-4 no mesmo estádio do confronto que acontecerá daqui a duas semanas, depois de um empate a uma bola na Luz.

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Pedro Cantoneiro
    Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
    Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, o Benfica como pano de fundo e a opinião de que o futebol é a arte suprema.