O SL Benfica e Andrija Zivkovic chegaram, há cerca de duas semanas, a um entendimento para colocar um ponto final no contrato que vinculava o extremo sérvio ao clube da Luz.
Assim, o Benfica fechou um dossier que deu muitas dores de cabeça à direção encarnada e abriu mão do salário estratosférico que Zivkovic recebia, sem que justificasse semelhante.
Quando contratado em 2016, Zivkovic era uma das maiores esperanças do futebol europeu e o Benfica viu no jogador uma hipótese fazer um excelente negócio – e poderia ter sido. “Zivko” era um jogador livre, com o seu passe na mão, à espera que alguém lhe oferecesse um contrato e assim fizeram os encarnados. A SAD encarnada ofereceu seis milhões de euros de prémio de assinatura e um salário a rondar os dois milhões de euros na primeira temporada, com aumento gradual conforme os anos de contrato.
Pois bem, nesta próxima temporada (2020/21), Zivkovic iria receber qualquer coisa como 4,9 milhões de euros, naquele que seria o seu último ano de contrato pelo SL Benfica. Um autêntico “roubo” aos cofres das águias.
Muitas foram as vezes que o Benfica tentou “livrar-se” do sérvio, mas nunca chegaram propostas convincentes pelo extremo, pelo que este nunca saiu da Luz. A falta de propostas deveu-se ao facto de Zivkovic nunca ter conseguido chegar perto daquilo que era considerado o seu potencial.
Em quatro temporadas de águia ao peito, o canhoto disputou 88 jogos, marcou quatro golos e fez 24 assistências, mas quase sempre na condição de suplente utilizado. Números bastante aquém de um jogador que prometia tanto, mas nunca o justificou. Ainda assim, o sérvio fez uma primeira temporada de Benfica que fazia augurar um futuro risonho, mas foi perdendo espaço no plantel.
Obrigado, Zivkovic!#EPluribusUnum pic.twitter.com/RylkbwspOG
— SL Benfica (@SLBenfica) August 26, 2020
Zivkovic é dono de uma técnica acima da média, é rápido, ágil e tem um excelente pé esquerdo, no entanto, nunca foi uma verdadeira aposta por parte de nenhum técnico encarnado.
O dezassete vezes internacional sérvio ficou assim, novamente, com o seu passe na mão e pronto para negociar um novo contrato com um novo clube, ganhando um novo e possível chorudo prémio de assinatura, não lhe conferisssem os seus apenas 24 anos uma margem de progressão aceitável.
Fala-se do interesse do Al-Ahli, clube que milita na Arábia Saudita, contudo, tem-se falado, nos últimos dias, do interesse do clube grego PAOK. Exatamente, o mesmo PAOK que o Sport Lisboa e Benfica defronta no próxima dia 15 de setembro em jogo a contar para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
Assim, SL Benfica e Andrija Zivkovic podem-se reencontrar já este mês, num jogo que será fulcral para qualquer uma das equipas, uma vez que só um pode ganhar e continuar a sonhar com a entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões, tendo para isso os encarnados derrotar ainda o Krasnodar, da Rússia.
A SAD encarnada fechou, assim, um processo que estava pendente já há algum tempo, uma vez que o sérvio não aceitava a rescisão de contrato ou a sua venda. Aceitou, por fim, deixar o Benfica, recebendo ainda cerca de dois milhões de euros para assinar a rescisão.
Este foi, muito possivelmente, um dos piores negócios da história do encarnados, tendo rondado, entre prémios e salários, os 18 milhões de euros: valores estratosféricos para aquilo que Zivkovic rendeu desportivamente.