Ciclo perfeito
Nos últimos cinco jogos, o Benfica venceu quatro pela margem mínima. Este ciclo – que dá corpo a nove vitórias consecutivas – converteu-se, involuntariamente, num resumo (quase) perfeito daquilo que foi o percurso e a prestação deste grupo ao longo de toda a época: um início titubeante, com graves falhas na abordagem e resultados iniciais negativos; uma extraordinária recuperação, numa demonstração de qualidade individual e colectiva e, principalmente, de força anímica; um final esforçado, onde, pese o cansaço, se manifestou a habitual dose de raça e de querer.
À imagem de todo o campeonato, a equipa soube dar a volta à situação, com soluções encontradas dentro de casa, algumas das quais surpreendentes: há meses atrás, seria difícil (para não dizer impossível) imaginar a influência que, por esta altura, jogadores como Ederson, André Almeida, Lindelof ou Renato Sanches teriam na nossa equipa. Neste momento, o Benfica de Rui Vitória (com os seus muitos defeitos) tem três jogos para chegar aos 88 pontos e, assim, bater o recorde de pontos da Liga portuguesa, pertencente ao excelente FC Porto de José Mourinho (86 pontos, em 2002/2003).