O que tem de mudar para voltar à hegemonia? | SL Benfica

    Está o SL Benfica à deriva?

    Foi figura – e até marcou um golo – num jogo entre antigas lendas do SL Benfica e Sporting CP no dia da final da Taça da Liga. Mas não foi por isso que Pedro Mantorras esteve nas bocas dos adeptos do clube da Luz por estes dias. Foi pelas declarações que fez à saída dessa mesma final.

    Para o embaixador do SL Benfica os jogadores têm de honrar a camisola, não podem ser medíocres. E acrescentou ainda que alguns jogadores não mereciam fazer parte do plantel neste momento às ordens de Nelson Veríssimo. Todos nós temos visto as exibições do SL Benfica esta época e só podemos concordar com Mantorras.

    São palavras que vêm de alguém que sabe o que é vestir o manto sagrado. De alguém que sabe o que é suar e sofrer pelo Glorioso. O ano passado, celebraram-se 20 anos desde que Mantorras chegou à Luz, depois de quase ter assinado pelo rival da 2ª circular. Nas águias além de marcar muitos golos, ganhou um campeonato, uma taça de Portugal e uma Taça da Liga.

    No fundo, para Mantorras e para todos os que se preocupam com o clube, há coisas que têm de mudar para que este volte a ter a hegemonia que teve há bem pouco tempo. E a primeira delas são os jogadores. Alguns nomes de agora fazem lembrar nomes que jogaram no SL Benfica na era pré-Vieira e que claramente não tinham classe para vestir esta camisola.

    Na última jornada contra o Gil Vicente, o SL Benfica foi a campo como André Almeida, Meïté, Diogo Gonçalves e Everton na equipa principal. E se Everton porventura teria lugar no banco de suplentes, os outros 3 não têm claramente lugar no plantel de uma equipa de topo. André Almeida cumpriu no passado, mas nesta altura claramente já não serve a este Benfica.

    E se olharmos para o resto do plantel, ainda encontramos outros jogadores que também estão a mais. Na minha opinião, Helton Leite, Lázaro, Radonjić e Taarabt são jogadores sem qualidade para um clube tão grande. Se o SL Benfica quer voltar a ser grande tem de começar por melhorar a sua política de contratações e elevar o nível de exigência.

    Taarabt é um dos nomes apontados à saída da Luz
    Fonte: Isabel Silva / Bola na Rede

    Outra mudança teria de passar por contratar um treinador de renome, com qualidade, para ficar vários anos e que pusesse a equipa a jogar bom futebol.

    Esta história de manter treinadores interinos até ao fim da época, correu (muito) bem na primeira época de Bruno Lage, mas com Nelson Veríssimo o tiro saiu pela culatra, com o timoneiro das águias a demonstrar uma clara incapacidade para comandar os homens que tem ao seu dispor, e se olharmos com atenção, a equipa parece mais perdida agora do que quando estava aos comandos de Jorge Jesus.

    Por último, a estrutura tem de mudar. Desde que foi introduzido no vocabulário “futebolês”, o termo estrutura revelou ser um termo acertado e importante.

    Todos nos lembramos de quando JJ saiu do Benfica na primeira vez e entraram em cena treinadores sem muita experiência como Vitória ou Lage, e a equipa de futebol manteve a qualidade, a forma de jogar e os títulos, o mérito foi da estrutura por esse facto. Então, será justo também culpar a estrutura pelo que (não) está a fazer nestes tempos de tempestade.

    Há umas semanas disse que Rui Costa tinha a bola da mudança nos pés. E essa situação tornou-se ainda mais verdade a cada dia que passa.

    O presidente tem de tomar medidas, algumas delas drásticas, se quer levantar o clube e colocá-lo no topo novamente, sob pena da mudança que o clube precisa passar também por mudar o nome que se senta na cadeira máxima do clube das águias.

    Artigo redigido por Rosdet Nascimento

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Rosdet Nascimento
    Rosdet Nascimentohttp://www.bolanarede.pt
    O Rosdet é santomense e vive em Portugal desde muito jovem. É com orgulha que faz parte do Bola na Rede e considera-se uma pessoa dedicada, motivada, focada e organizada, e prometo dar o seu melhor, como sempre faz em tudo o que se envolve. Apesar de ser informático de formação, e de ter trabalhado em empresas como a HP, Nokia, Microsoft ou Nestlé, a sua paixão sempre foi escrever. Seja blogues, textos, artigos de opinião, copywriter ou livros. Já fez de tudo um pouco e está preparado para mais um projeto.