Quando chegou era tratado por Jiménez mas hoje quem temos é o Raúl. O Jiménez era aquele flop que vinha de Madrid e que depois de tanta promessa tinha falhado nos palcos da primeira divisão espanhola. Hoje existe o Raúl, avançado que me custa ver na posição que ocupa, mas que, por outro lado, aprecio bastante a sua qualidade.
Na última jornada, mais uma vez, foi Raúl a abrir o caminho para a vitória. Quando o próprio Rui Vitória estava já em apuros e tirava de campo um defesa, apostava em Raúl para dar frescura e um maior poder ofensivo no último terço do terreno. Nem um minuto foi preciso para a frescura de Raúl tornar-se evidente, num lance em que não desistiu vez alguma e acabou por fazer colocar a bola, pela primeira vez, na baliza do Feirense. Lembro de tantas salvações postas em prática pelo próprio rumo aos últimos títulos – aquela frente ao Rio Ave, aquela em Coimbra, outras tantas…
Raúl está longe de ser o melhor ponta-de-lança do Mundo, mas é um jogador que dá uma energia diferente (para melhor), sempre que entra em campo. A sua velocidade junta com a força que deposita em cada disputa dentro de campo fazem dele um ponta-de-lança que, pelas características já referidas, torna-se num possível salvador dos resultados desejados.
Deixa-me triste ver um jogador desta qualidade sentado no banco. Deixa-me triste ver que não tem espaço. E não tem porque o esquema tático não o permite. Não estará a ser fácil para o próprio Raúl, mas espero que no final do ano seja tomada uma decisão. Uma boa decisão para a sua carreira, diga-se. Caso Rui Vitória não conte com ele, que o deixem partir para outros cantos do Mundo para mostrar o seu futebol.
Até agora, podemos agradecer muito ao avançado mexicano, sabemos lá se não foi mesmo decisivo na conquista de vitórias e de títulos.
Foto de Capa: SL Benfica