Os 5 melhores arranques de época do SL Benfica

    1. 1980-81

    Primeira derrota: 22 Outubro
    Até lá: 12 jogos, 9 vitórias e 3 empates

    Benfica e Sporting dividiram, durante os anos 60 e 70, o poder futebolístico em Portugal ao ritmo duma espontânea e curiosa dança, tão coordenada que há vozes que juram ter sido combinada: três campeonatos vermelhos, um verde, três vermelhos, um verde, e assim sucessivamente até 1978.

    Nesse ano, com o Porto campeão, o Benfica inicia seca de três épocas sem títulos – algo que não se via há 27 anos – só terminada em 1981 por outro mago húngaro: Lajos Baroti, selecionador magyar nos Mundiais de ’58, ’62 e ’66, um apologista do futebol perfumado como tinham sido os compatriotas campeões pelo Benfica – Janos Biri, Guttmann e Czeizler.

    Com ele, o Benfica é campeão a sete jornadas do fim, vence a Taça de Portugal com uma vitória categórica por 3-1, frente ao FC Porto – Néné, autor dum hattrick, dedicou os golos a Borges Coutinho, falecido semanas antes… – e perde ingloriamente a Taça das Taças, na qual era um dos favoritos, para um dos underdog – o Carl Zeiss Jena, clube da República Democrática da Alemanha que nunca pensou vir à Luz aguentar o 2-0 construído em Jena. Reinaldo marcou um, Chalana ficou em branco e xau troféu.

    Ainda assim, época em cheio. Em termos de arranque, fortíssima. Até á quarta semana de Outubro, onde perde com Malmo (dia 22) e FC Porto (25), o Benfica contava sete jogos no campeonato, sete vitórias – 19 golos marcados e zero sofridos. Um estrondo.

    Na Taça das Taças, despachou o Altay turco por 4-0 no agregado e o Zagreb, por 2-0. Os únicos golos sofridos até 22 de Outubro tinham sido… na primeirão mão da Supertaça, frente ao Sporting (2-2), em jogo realizado a 10 de Setembro. Portanto, fazendo as contas:

    12 jogos até à primeira derrota, nove vitórias e 27-2 em golos. Magistral.

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    Pedro Cantoneiro
    Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
    Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, o Benfica como pano de fundo e a opinião de que o futebol é a arte suprema.