3. 1963-64
Primeira derrota: 5 de Dezembro
Até lá: 15 jogos, 12 vitórias e 3 empates
Época de golos, muitos golos. O Benfica faz 103 em 26 jogos, Eusébio faz 28 para se tornar, pela primeiríssima vez, Bola de Prata, e Torres faz 23 – na época anterior, na qual ganhara definitivamente a titularidade sobre um colosso chamado José Águas, fizera 26 (sendo também Bola de Prata).
Esta contundência ofensiva não chegou para destronar o recorde do Sporting de Peyroteo – 123 golos nas 26 partidas de 46-47! – mas notou-se dedo do treinador: Lajos Czeizler, um mago húngaro que já tinha sido campeão italiano e latino pelo Milão e veio a Lisboa potenciar na totalidade os prodígios encarnados.
A primeira derrota da temporada foi estrondosa no pior sentido da palavra – o Benfica jogava tanto que, quando caiu, foi trambolhão tal que fez tremer o orgulho português: no meio da neve de Dortmund (estávamos a 4 de Dezembro…), cinco boladas do Borussia a Zé Rita, o suplente de Costa Pereira que havia feito carreira no Sporting da Covilhã e, por isso, talvez o único do plantel familiarizado com aquelas condições climatéricas.
A derrota europeia reclamou a urgência duma vitória benfiquista no campeonato, de modo a competir novamente na Taça dos Clubes Campeões Europeus. Assim se fez, juntando-lhe a Taça de Portugal, arrecadada debaixo do braço depois de espetar 6-2 ao FC Porto no Jamor…