P. Ferreira 0-2 Benfica: Se não vai em arte, vai em raça

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    Depois de mais uma categórica vitória sobre o Sporting por 2-0, importava hoje perceber como reagiria o Benfica à ausência do seu coração, Enzo Pérez, castigado talvez pelo tráfico dos rins de Eric Dier…Com a já expectável entrada de Rúben Amorim para o lugar do argentino, o Benfica entrou quase a dormir na partida. Circulação de bola lentíssima, causada pela estranheza de não ter o motor de alta rotação Enzo, que era apenas disfarçada, a espaços, por um Gaitán numa forma estupenda. O Paços, ultra-defensivo – típico de Henrique Calisto -, pouco ou nenhum perigo criou junto de Oblak. Sinceramente, não me recordo de uma defesa digna desse nome por parte do esloveno nos últimos tempos. Claras melhorias no processo defensivo do Benfica, portanto. Se juntarmos a isto (mais) um relvado lastimável, o resultado ao intervalo não poderia ser outro que não o 0-0.

    Para sair da Mata Real na mesma situação em que estava à entrada para esta jornada, a equipa de Jorge Jesus teria de fazer muito mais. E assim foi. Com o aumento considerável da pressão sobre o adversário e do ritmo de jogo, surgiu o golo inaugural aos 54 minutos: inteligente, Rodrigo a marcar um canto curto e, aproveitando o reposicionamento defensivo do Paços, Rúben Amorim vestiu-se de Enzo e colocou a bola redondinha em Garay, que cabeceou para o fundo da baliza. Na impossibilidade da nota artística em jogos destes, Jorge Jesus e os jogadores perceberam que havia que encontrar outras maneiras de chegar ao golo. Com o abismo de qualidade entre as duas equipas, bastou carregar ligeiramente no acelerador para as oportunidades de golo aparecerem. Aos 68, Markovic libertou-se da nulidade que vinha a ser até então e aproveitou mais uma excelente acção defensiva de Amorim – excelente jogo do português –, para embalar no seu típico slalom até fuzilar Degra para o 0-2. Resultado feito e gestão até ao final, perante um Paços que nem uma oportunidade de golo criou. Nos últimos 11 jogos, o Benfica sofreu um (!) golo. O que equivale a dizer que com Oblak na baliza o Benfica sofreu um único golo. Coincidências…

    Um jogo que pareceu complicado ao intervalo depressa ficou resolvido com duas machadadas letais. O Benfica respira confiança e isso traduz-se em campo: mesmo em jogos duros como o de hoje, o discernimento e atitude de vitória nunca se perdem. Se raramente nos deslumbra com jogos de encher o olho, a verdade é que as vitórias vão aparecendo umas atrás das outras. De um Benfica morto, em Outubro, temos um Benfica com possibilidade de fazer uma época de sonho. Resta passar da teoria para a prática e um dia terá de ser. Venha o PAOK, jogo em que se espera uma gestão inteligente a pensar no V. Guimarães, próxima final rumo ao 33º.

    Os festejos depois do primeiro golo Fonte: ofuraredes.blogspot.pt
    Os festejos depois do primeiro golo
    Fonte: ofuraredes.blogspot.pt

    A Figura
    Rúben Amorim – Na ausência do actual melhor jogador do Benfica (Enzo Pérez), o português cumpriu muito bem o seu papel. De uma assistência e de uma recuperação de bola suas, nasceram os dois golos.

    O Fora-de-Jogo
    Rodrigo – Num campo pouco propício a “rodriguinhos”, o espanhol nunca encontrou o espaço de que precisa para fazer valer as suas inegáveis qualidades: arranque, mudanças de velocidade, procura no espaço.

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    Francisco Vaz de Miranda
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    Apoia o Sport Lisboa e Benfica (nunca o Benfas ou derivados) e, dos últimos 125 jogos na Luz, deve ter estado em 150. Kelvin ou Ivanovic não são suficientes para beliscar o seu fervor benfiquista.                                                                                                                                                 O Francisco não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.