Para garantir qualquer coisa será necessário os encarnados ganharem os três jogos, marcarem seis golos aos suíços e dois ao CSKA, sem sofrerem. Assim, talvez seja possível sonhar com a Champions. Mas sejamos realistas, este Benfica não é capaz de marcar seis golos a ninguém neste momento. Um dos cenários possíveis é confiar na sorte e esperar que o United ganhe dois jogos e o CSKA um (frente ao Basileia) – isto partindo do pressuposto que o campeão português ganha todos, claro.
O outro cenário, um pouco mais provável, envolve também sorte: o Benfica vencer dois jogos, empatar frente aos ingleses, esperar que o Basileia não pontue mais e que o CSKA faça, no máximo, três pontos. Tudo isto para ser possível sonhar com a Champions. Em qualquer uma das hipóteses, mesmo fazendo os milagrosos nove pontos, o Benfica pode continuar na Champions, seguir para a Liga Europa ou ficar por aqui. Portanto os encarnados têm, tão somente, de tentar fazer o máximo número de pontos possíveis, marcar o maior número de golos que conseguirem e acender uma velinha para que os restantes fiquem para trás.
A questão continua a ser a mesma: será este Benfica capaz de prosseguir a sua caminhada europeia? Depois de perder com CSKA e Manchester United em casa, conseguirá ir buscar pontos fora? Depois da humilhação frente ao Basel, será possível virar o jogo? Teoricamente, as vitórias sobre os turcos e os suíços seriam facilmente alcançadas, mas, para isso, este Benfica não chega. Uma equipa a jogar “assim-assim”, com demasiadas falhas defensivas, meio campo sem distribuir jogo e avançados com medo de rematar não será, nunca, suficiente a nível europeu.
A minha inocência permite-me acreditar numa estrelinha que nos levará à Europa dos pequeninos (com todo o respeito pela competição que me fez chorar por duas vezes consecutivas) e nos fará por lá brilhar.
Uma mudança drástica na atitude, uma pitada de sorte e o Benfica poderá continuar a jogar a meio da semana. Na Champions? Dificilmente. Na Liga Europa? Porque não?
Foto de capa: SL Benfica
Artigo revisto por: Beatriz Silva