Março chegou e com ele o sol por que todos ansiavam. As cidades enchem-se aos poucos de alegria, os sorrisos começam a rasgar as caras de quem sonha, de quem acredita que vai ser feliz. Mas o sol vai e volta sem que demos conta: assim são as desilusões. Quem me lê sabe que não deve confundir o meu fanatismo com o meu realismo. Eu sonho, é certo, acredito também, mas sei que a recta final pode levar outra vez o sol se o fôlego acabar antes da linha da meta.
Assim será Março:
Para o campeonato, começamos por receber em casa o Estoril. A equipa de Marco Silva, depois da excelente campanha que realizou no ano passado, chega este ano à Luz num merecido 4º lugar. Apesar de ter sido despida de jogadores como Steven Vitória, Luís Leal, Jefferson ou Licá, a equipa do Estoril traz mais do que um bom futebol ao Estádio da Luz. Traz o mediatismo daquilo que é o futuro de Marco Silva e traz o fantasma do ano passado (aconselho a leitura do artigo de ontem, escrito pelo João Rodrigues). Logo a seguir, uma deslocação genericamente difícil à Choupana para um embate com a equipa que morde os calcanhares ao Estoril-Praia. O Nacional da Madeira vem de uma série de empates mas tem um futebol coeso que não deixa a equipa madeirense perder para o campeonato desde que jogou, precisamente, contra o Benfica, em Outubro do ano passado. Os encarnados recebem depois a Académica em casa e fecham o mês em Braga.

Fonte: Maisfutebol
Fora do âmbito do campeonato, o Benfica vai jogar ainda mais duas competições: a Taça de Portugal e a Liga Europa. Apenas quatro dias antes do jogo contra o Braga, o Benfica disputa no Dragão a 1ª mão da Taça de Portugal frente ao FC Porto. Para além disso, depois de receber o Estoril, o Benfica vai a Londres defrontar o Tottenham e recebe os ingleses depois de vir da Madeira. São três jogos extra-campeonato que exigem saúde mental e física por parte dos encarnados. Aqui a balança vai sentir pela primeira vez este ano o peso de não deixar, por um lado, de parte aquilo que são os objectivos do Benfica – que é ganhar todas as competições em que está inserido – e, por outro, não deixar que esta ambição nos penalize, especialmente no que ao campeonato diz respeito.
Tenho, como já referi anteriormente, o plantel do Benfica como o mais forte do campeonato e o que oferece mais soluções. Sem querer ser pretensioso, chego até a crer que os encarnados têm quase dois “onzes” de raiz para atacar aquilo que são as suas ambições. A gestão, essa, cabe ao senhor de sempre. É São Pedro que nos dá este sol de Março, mas o sol de Maio, esse, terá de ser dado por Jesus.