RB Salzburgo 0-6 SL Benfica: À quarta tinha (mesmo) de ser de vez

    A CRÓNICA: O SL BENFICA SAGROU-SE CAMPEÃO EUROPEU DE SUB-19, NUM JOGO DE TOTAL DOMÍNIO DOS ENCARNADOS

    E à quarta foi de vez. Depois de três finais perdidas, a glória. O SL Benfica conquistou, finalmente, a Youth League, a “Liga dos Campeões dos putos”. Em Nyon, no Centre Sportif de Colovray, os encarnados não deram quaisquer hipóteses ao RB Salzburgo e massacraram a formação austríaca, numa exibição de sonho.

    E nada melhor que começar a traçar o caminho da vitória logo no início da partida. O cronómetro ainda não marcava os dois minutos de jogo e já as águias punham-se em vantagem. Belo golo de Martim Neto num remate cruzado após assistência de Diego Moreira.

    Os encarnados entraram a sufocar a equipa austríaca e a trocar muito bem a bola, com Diego Moreira endiabrado pela esquerda a ser uma dor de cabeça para o lateral direito do RB Salzburg e também Rafael Rodrigues, o lateral-esquerdo muito activo na primeira parte.

    Logo a seguir, Henrique Araújo pôs à prova pela primeira vez o guarda-rede Stejskal e aos 15 min marcou mesmo, depois de uma boa jogada colectiva. Martim Neto assistiu e o número nove das águias não perdoou. Estava feito o 2-0 e tudo parecia bem encaminhado para a conquista do troféu.

    Da parte do RB Salzburgo a reacção era tímida e a equipa austríaca limitava-se a ver jogar. Simic era dos mais inconformados e tentava remar contra a maré encarnada que começava a ficar cada vez mais forte. Aos 37 min remata forte para uma grande de defesa de André Gomes.

    Fonte: UEFA

    No início da segunda parte o RB Salzburg entrou mais pressionante mas rapidamente o SL Benfica tomou novamente conta do jogo. Não foi por acaso que aos 53 min houve novo golo para a formação da Luz. Passe de Pedro Santos, desvio de Wallner e a bola a sobrar para N’Dour, que só teve de empurrar para o fundo da baliza.

    Os austríacos sentiam que a partir daqui as coisas começavam a ficar mais complicadas e enquanto pensavam nisso, já a bola estava novamente dentro da baliza de Stejskal. Brilhante jogada de Diego Moreira que fez um passe de régua e esquadro para Henrique Araújo fazer o 0-4, num drible delicioso a Stejskal.

    E a partir daqui, tivemos um jogo só de sentido único. O RB Salzburg estava completamente desorientado em campo e o treinador Rene Aufhauser já não sabia mais o que fazer, mesmo com algumas alterações efetuadas.

    O SL Benfica geriu o encontro como queria e não tirou o pé do acelerador. O quinto golo surgiu a 20 min do final, por intermédio de Luís Semedo. Mais uma boa investida de Pedro Santos pela direita que oferece o golo ao avançado encarnado que tinha entrado dez minutos antes. Mesmo a terminar a partida, grande penalidade a favor das águias, que Henrique Araújo converteu e fez o hat-trick, fixando o resultado final em 0-6.

    Se dúvidas houvesse em relação ao vencedor, elas ficaram completamente desfeitas logo na primeira parte. O SL Benfica transformou esta final num autêntico massacre à formação austríaca e conquistou sem espinhas a Youth League.

    A FIGURA

    Fonte: SL Benfica

    Henrique Araújo (SL Benfica) – Podia ser outro jogador do SL Benfica mas quem faz um hat-trick tem de ser sempre reconhecido como o melhor em campo. Três golos para mais tarde recordar e um jogo muito completo por parte do número nove encarnado. Jogou, fez jogar e trabalhou muito para equipa. Destacou-se com boas movimentações e foi um quebra-cabeças para a formação austríaca. Exibição a roçar a perfeição.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: UEFA

    Defesa do RB Salzburgo – Após um resultado tão desnivelado, e ainda por cima numa final, esperava-se mais concentração do quarteto defensivo austríaco. Os centrais Wallner e Baidoo estiveram irreconhecíveis e foram uns autênticos passadores, como no 0-4 onde deixaram escapar Henrique Araújo. Os defesas-laterais pouco fizeram e foram também eles responsáveis pelo descalabro da equipa, sobretudo na segunda parte.

     

    ANÁLISE TÁTICA – RB SALZBURGO

    Quando um resultado é de 0-6, não há tática que resista ou pouco há a dizer. O RB Salzburgo entrou com um 4-4-2 em losango, com Kameri a jogar nas costas dos dois avançados, Diakite e Simic, mas nunca surtiu o efeito desejado. Muito por culpa do SL Benfica, que sufocou a formação austríaca. Agyekum e Hofer tinham como missão ser os flanqueadores para servirem os dois avançados e isso destapou um pouco Sahin, o médio-defensivo. O RB Salzburgo era já uma equipa perdida em campo e sem ideias, e a meio da segunda parte era quase todos a jogarem cada um por si.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Stejskal (5)

    Atiabou (4)

    Baidoo (4)

    Wallner (5)

    Ibertsberger (5)

    Agyekum (6)

    Kameri (5)

    Sahin (5)

    Hofer (4)

    Diakite (6)

    Simic (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Pejazic (5)

    Reischl (5)

    Zeteny (-)

    Moswitzer (-)

    Berki (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

    Os encarnados entraram em campo no esquema de 4-3-3, com os médios interiores, Martim Neto e N’Dour, a variarem constantemente de posição. O SL Benfica apostou num jogo mais pelas faixas com Diego Moreira e Pedro Santos sempre muito activos, com Henrique Araújo a ser a referência na área. O SL Benfica jogou sempre de pé para pé, com toque curto e jogadas rápidas para tentar trocar as voltas aos austríacos. Nunca tirou o pé do acelerador mesmo com o avolumar do resultado e fez uma exibição perfeita.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    André Gomes (8)

    João Tomé (6)

    Tomás Araújo (7)

    António Silva (8)

    Rafael Rodrigues (7)

    Jevsenak (7)

    Martim Neto (8)

    N’dour (7)

    Pedro Santos (8)

    Diego Moreira (7)

    Henrique Araújo (9)

    SUBS UTILIZADOS

    Martim Ferreira (6)

    Luís Semedo (7)

    Hugo Félix (6)

    Nuno Félix (-)

    Ricardo Marques (-)

     

    Rescaldo da autoria de Rui Maria, redator do SL Benfica

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    Rui Alves Maria
    Rui Alves Mariahttp://www.bolanarede.pt
    O Rui é natural de Tavira. Desde 2003 que a sua residência é em Odivelas e com essa deslocação teve a oportunidade de frequentar e concluir um Curso Profissional de Técnicas Jornalísticas. O jornalismo foi sempre a sua paixão desde muito cedo e o seu gosto pela escrita foi acompanhando essa mesma paixão. No entanto, é no jornalismo desportivo que se sente mais à vontade para desenvolver todas as suas capacidades.