5 nomes que merecem integrar o mural da Rotunda Cosme Damião

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O mural da Rotunda Cosme Damião já conta com 39 rostos da História do SL Benfica, tendo-se transformado num monumento intemporal do clube.
Fonte: Hemeroteca Digital

Ted Smith – Além de ser o rosto mais vincado de uma heróica conquista da Taça Latina – ao fim de 143 minutos e dois prolongamentos – o que lhe valeu louvores do governo, John Edward Smith destacou-se também pelo papel fulcral na interrupção do poderio sportinguista e dos Cinco Violinos.

É o responsável pela vitória no Nacional de 1950-51, cercando o tetra adversário; vence três Taças de Portugal, descobre um menino chamado José Águas numa digressão em Angola e reformula todo o clube, preparando-o para as exigências do profissionalismo imposto por Otto Glória, anos depois.

Foi um intenso e competitivo defesa direito no Milwall FC, sendo obrigado a interromper a carreira para servir a sua pátria na Segunda Guerra, vindo parar à base das Lajes como muitos outros famosos jogadores seus conterrâneos. É lá que trava conhecimento com Tamagnini Barbosa, presidente encarnado, que discernindo conhecimento suficiente no jovem de 34 anos, desafia-o a suceder a Lipo Hertzcka no comando benfiquista.

A famosa derrota por 10-0 frente à Inglaterra, um ano antes no Jamor, justificou a nacionalidade pretendida pelo dirigente: queria influência britânica no futebol benfiquista, para elevá-lo a patamares de excelência nunca alcançados. Exactamente o que aconteceu. Foi consigo que o Benfica se tornou o mais forte opositor daquele Sporting CP dominador, vencedor de sete campeonatos em oito.

A sua história constrói-se também com episódio caricatos, como o do seu desaparecimento. Corria 1951-52 e um Benfica intoxicado pelos sucessos vai, aos tropeções, caminhando pelas provas nacionais. Numa visita a Guimarães, derrota por 2-1 e motivos suficientes surgiram para Ted Smith avisar a sua saída, alegando «problemas pessoais».

Sem espaço para mais explicações, desaparece do radar e ninguém mais sabe dele. Nos idos de Março, não houve traição, mas surpresa: aparece sem aviso na secretaria do Jardim do Regedor, disposto a reassumir os destinos da equipa principal. Ocasião oportuna, já que ainda ia a tempo de dirigir a equipa no jogo do título, frente ao rival lisboeta. Mas no Jamor houve derrota (2-3) e as esperanças na vitória final acabaram aí. Um mês depois, saiu definitivamente.

Pedro Cantoneiro
Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, de opinião que o futebol é a arte suprema.

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