Que façam os adeptos e sócios acreditar que os tempos mais negros já passaram, porque uma coisa é certa: não acredito que haja um benfiquista sério que queira ganhar em campo a todo o custo.
Em primeiro lugar devem estar os valores pelos quais o Sport Lisboa e Benfica sempre se regeu. A portugalidade, a tolerância, a união, o associativismo, a mística, a democracia, o respeito e o desportivismo. Sendo a ética a linha que sublinha todos eles.
Para finalizar, referir que essa mudança também passa pelo banco da equipa de futebol. A escolha de Nelson Veríssimo, não só para ser treinador interino, mas também para conduzir os destinos da equipa até ao fim da época, quer mostrar que o SL Benfica procura tempos de paz e tranquilidade, e que Veríssimo pode ser um aliado valioso nesse objetivo.
Benfica anuncia que Nélson Veríssimo será o treinador até ao final da época. pic.twitter.com/k0b9h1OZsI
— B24 (@B24PT) December 28, 2021
Por isso acredito que não é uma decisão a pensar apenas no plano técnico, mas também no ético e de imagem. Porque se no primeiro, o novo treinador das águias já encetou mudanças no esquema tático, voltando ao clássico 4-4-2 e recuperando a aposta na formação, na imagem também veio ajudar o SL Benfica.
A sua forma de comunicar é muito menos incendiária e segregadora do que a do anterior técnico, e mais condizente com a imagem que o SL Benfica quer passar, sem qualquer desprimor a Jorge Jesus. Aliás, basta estar atento à linguagem corporal dos próprios jogadores no antes, durante e pós jogo.
O momento dos festejos do golo marcado por João Mário no último jogo é exemplo máximo dessa agregação, também da equipa com os adeptos. E agora é ver se a equipa se levanta dos maus resultados do passado recente e se o clube se ergue dos maus ventos que ainda pairam sobre si. Que seja dignificado o lema do clube. Tem a palavra Rui Costa.
Artigo redigido por Rosdet Nascimento