SC Braga 0-1 SL Benfica: Fogo grego na Pedreira (outra vez…)

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    No ano passado, numa fase complicada, o Benfica teve uma vitória decisiva em Braga. Mitroglou, naquela vitória pragmática, foi decisivo. Pouco mais de um ano depois, não se pode dizer que o Benfica esteja assim tão mal. Porém, a equipa não está na fase mais pujante da temporada (a todos os níveis) e o grego volta a ser decisivo. Os ares da Pedreira começam a ser talismãs…

    Foram duas partes decalcadas. No primeiro tempo, aproveitando a passividade colectiva do Benfica, foi o Braga quem esteve mais por cima do encontro. Com um meio-campo intenso e inteligente – Battagllia e Assis foram competentes com e sem bola –, o Sporting de Braga foi construindo jogadas de ataque sucessivas e criando problemas à defesa do Benfica. Os alas tanto fechavam a defender como, no processo ofensivo, ofereciam soluções sempre que a equipa arranjava espaços. E eles iam aparecendo.

    Os comandados de Rui vitória começaram por ser intensos, mas a crença e a velocidade cedo ficaram comprometidas. Com Pizzi fora do jogo – o médio português está claramente em défice de rendimento –, o Benfica teve pouca bola. Pior do que isso: quando a teve, optou sempre pelo mais difícil. No primeiro tempo apenas os fogachos de Rafa iam criando dificuldades a uma defesa competente do Braga. Rui Vitória esperava pelo intervalo e ele chegou sem golos. Com um Braga mais inconformado com o resultado.

    No segundo tempo, o encontro manteve o figurino, mas as propostas de jogo foram trocadas. O Benfica apareceu mais dominador – não necessariamente a jogar melhor – e o Braga, a jogar nessa altura com menos presença ofensiva, não teve tantos espaços para sair com qualidade e critério para o ataque. Ainda assim, as ideias não surgiram com tanta facilidade para os lados encarnados (da Luz). O talento de Rafa continuava a disfarçar insuficiências. Ainda assim, o talento de alguns jogadores passou a ser melhor aproveitado – com Pizzi à cabeça – para se construírem jogadas com outro requinte técnico.

    O jogo foi-se partindo e a qualidade diminuiu. Muitos sprints, emoções à flor da pele – grande ambiente na Pedreira –, porém, a organização foi-se perdendo. Nesta fase, o golo poderia surgir em qualquer das balizas. Os que ameaçavam mostravam-se mansinhos junto às zonas de decisão. Faltava sempre qualquer coisa… Eis que chega o suspeito do costume: Mitroglou, numa jogada que juntou brilhantismo técnico e perseverança, marcou mais um golo decisivo e afastou a intranquilidade e, sobretudo, o Porto da classificação. Pode-se crucificar um avançado que, estando ausente do jogo, é quase sempre decisivo? Nós dizemos que não.

     

    Rescaldo de Jorge Fernandes e Rafael Simões

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