SL Benfica B 1-3 GD Chaves: Segunda parte de horror

    Depois das festividades de Halloween, o Benfica B (12º classificado, com 10 pontos) entrava no Caixa Futebol Campus como uma das cinco equipas que ainda não tinha perdido em casa. Com esse bom augúrio, uma vitória sobre o experimentado Chaves de José Mota (7º classificado, com 12 pontos) parecia previsível e permitia a ultrapassagem na tabela classificativa, motivos mais que suficientes para os homens de Renato Paiva iniciarem cedo a procura por uma vitória convincente.

    O que conseguiram, até ao intervalo: numa primeira parte de grande domínio encarnado no capítulo da posse (61%), o golo surge à passagem do 32º minuto, após insistência do estreante Luís Pinheiro, que recupera a bola junto à linha de cabeceira e entrega para Rodrigo Conceição, que dispara eficazmente para a baliza à guarda de Ricardo Moura. 1-0 e a confirmação da boa exibição benfiquista, apesar das constantes ameaças flavienses sob forma de contra-ataques protagonizados pelos supersónicos Fatai e Wagner: avisos aos quais o Benfica não tomou a devida atenção…

    Regressados dos balneários, os jogadores do Benfica viram-se envolvidos numa verdadeira assombração: aos 47’, Luís Pinheiro e a sua ingenuidade fazem penalty, concretizado por André Luís; aos 56’, Wagner decide rematar a 30 metros da baliza e faz uma obra de arte; aos 61’, numa decisão muito duvidosa de Luís Máximo, árbitro da partida, é marcado novo penalty. André Luís bisava e o Benfica via-se a perder por 3-1, com 16 minutos após sair em vantagem do intervalo.

    Renato Paiva anteviu «problemas diferentes» para este jogo e que isso seria «fantástico» para a sua equipa, mas certamente não esperaria tal segunda parte…
    Fonte: SL Benfica

    Envolvidos num estranho transe até ao apito final, os jogadores encarnados não conseguiram recuperar os índices anímicos e viram-se frequentemente em disputas desnecessárias com os jogadores flavienses, muito mais habituados a estas andanças.

    Fruto da idade, nunca mais os jogadores do Benfica conseguiram superar as adversidades e elevar o nível de jogo, sendo completamente ineficazes na criação de oportunidades claras. José Mota mexeu de maneira perfeita ao intervalo e a sua equipa soube controlar a partida sem bola, travando as principais peças do xadrez encarnado, como David Tavares e Nuno Santos, enquanto a exploração do espaço entre Svilar e a dupla Zec-Kalaica foi efectuada de forma perfeita ao ritmo de Raphael Guzzo, da sua inteligência e visão de jogo.

    As entradas de Vinicius Jaú, Pedro Henrique e Vukotic pouco trouxeram  de novo à partida. De notar as boas exibições de Svilar (mais uma), Diogo Mendes e Tiago Dantas, o único a tentar organizar o ataque benfiquista; bons apontamentos também do estreante Luís Pinheiro, apesar do erro na abordagem ao lance que deu penalty.

    Renato Paiva, no final do encontro, aproveitou para relembrar os objectivos da formação encarnada e redobrar a sua confiança no plantel: «Tenho um orgulho enorme nestes miúdos. Já sabíamos que poderia haver erros, mas demos uma resposta de carácter que nos fez ter uma excelente primeira parte. Na segunda parte, não entrámos bem e perdemos um pouco o foco. O resultado não era o que queríamos, mas deixámos uma imagem de personalidade, vontade e ambição».

    O Benfica é agora 13º classificado, enquanto o Desportivo de Chaves ascende ao sexto lugar, somando 15 pontos e estando a seis do líder Farense SC.

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

    SL Benfica B: Svilar; Luís Pinheiro (Pedro Henrique, 84’), Kalaica, Zec e Frimpong; Rodrigo Conceição (Vínicius Jaú, 75’), Diogo Mendes (Vukotic, 76’), Dantas e Nuno Santos; David Tavares e Dos Anjos.

    GD Chaves: Moura; Rafael Viegas, Diego Galo, Kevin Medina e Jean Filipe; Wagner (Gamboa, 82’), Guzzo, Jefferson (João Correia, 46’) e João Teixeira (David Moura, 46’); Fatai e André Luís.

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    Pedro Cantoneiro
    Pedro Cantoneirohttp://www.bolanarede.pt
    Adepto da discussão futebolística pós-refeição e da cultura de esplanada, o Benfica como pano de fundo e a opinião de que o futebol é a arte suprema.