SL Benfica 1-1 FC Vizela: Valeu o bilhete para o apaixonado pela bola

    A CRÓNICA: BOLA CÁ… E BOLA LÁ

    Em noite de abertura da 26.ª jornada, e com algumas mexidas de parte a parte, o SL Benfica recebeu e empatou com o FC Vizela a um golo.

    A primeira parte acabou por ser demasiado agitada para um duelo entre o terceiro e 14.º classificado, mas faltou o ingrediente base… O golo.

    A verdade é que, tal como Veríssimo perspetivou, os vizelenses apareceram na Luz com a mesma identidade de sempre.

    Os minutos iniciais acabaram por surpreender um pouco a formação encarnada, até que Taarabt perdeu a cabeça aos 7 minutos. Entrada fora de tempo sobre Sarmiento que deu vermelho direto após recurso ao VAR.

    A Luz ficou mais impaciente para com o juiz do encontro e os encarnados também se chegaram à frente.

    Aos 27 minutos, Darwin picou uma bola sobre Pedro Silva, que não entrou, e poucos minutos depois foi Kiko Bondoso a dar a resposta do outro lado.

    Mas os guardiões também se quiseram mostrar. Vlachodimos travou Sarmiento e Pedro Silva apareceu que nem uma muralha ao cabeceamento de Darwin.

    A segunda parte ainda conseguiu ser mais frenética do que a primeira. Os bancos de suplentes pareciam trazer ainda mais garra e só se via bola cá e bola lá…

    Aos 65 minutos, o FC Vizela respondeu assertivamente à excelente entrada na segunda parte e Cassiano inaugurou o marcador. Um golo à ponta de lança que gelava a Luz.

    Mas os visitantes perderam o controlo do jogo. Meité ensaiou o golo que surgiu minutos depois nos pés do menino Henrique Araújo. Era um golo de estreia num jogo já com muita história.
    Rafa Silva e Henrique Araújo voltaram a testar Pedro Silva, mas a hora do guarda-redes brilhar chegou já ao cair do pano.

    98 minutos na Luz e um voo sensacional do guardião vizelense impediu o 2-1 de Darwin Núñez.

    Com este resultado, as más vibrações regressam ao universo encarnado, naquele que foi a abertura com potencial de melhor jogo desta jornada.

     

    A FIGURA

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    Pedro Silva brilhou na baliza vizelense
    Fonte: Carlos Silva/ Bola na Rede

    Pedro Silva – Exibição soberba do guardião do FC Vizela. Se há fotografia que se deva guardar para a prosperidade é a da defesa já ao cair do pano, após remate de Darwin. Foi crucial também noutros momentos a segurar o empate e não teve hipóteses no golo sofrido.

     

    O FORA DE JOGO

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    Gonçalo Ramos não esteve numa noite inspirada
    Fonte: Carlos Silva/ Bola na Rede

    Gonçalo Ramos – Jogo muito apagado de um avançado que acabou por ser uma vítima da expulsão de Taarabt. Gonçalo Ramos foi obrigado a recuar e posicionar-se mais ao lado de Weigl, tendo assim uma menor preponderância ofensiva. Mesmo com a entrada de Meité, não conseguiu dar o contributo necessário.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

    Os encarnados alinharam-se num 4-4-2 com Diogo Gonçalves a assumir a habitual posição de Cebolinha e Lázaro a assumir a lateral direita.

    Nos minutos iniciais foi uma equipa que não conteve o entusiasmo inicial do FC Vizela. A agressividade ofensiva do Vizela e a procura constante de colocar a bola na área em transições rápidas, combinações e cruzamentos acabou por ser uma dor de cabeça para os encarnados.

    Numa dessas situações, Taarabt acabou por ter uma entrada fora de tempo sobre Sarmiento, levando a que o SL Benfica ficasse reduzido a dez.

    A partir daí, Gonçalo Ramos recuou um pouco mais, prestando apoio a Weigl no meio-campo. Darwin passou a ser a principal referência num SL Benfica que começou a mostrar-se mais afirmativo ofensivamente.

    A segunda parte demonstrou de novo um SL Benfica adormecido incapaz de reagir à postura do adversário.

    O golo sofrido e as substituições trouxeram um novo ânimo à equipa. Meité trouxe uma nova estabilidade ao meio-campo, Henrique Araújo a qualidade ofensiva necessária, e Everton a capacidade de colocar a bola na área nos minutos finais.

    Gonçalo Ramos acabou por ser um dos elementos mais perdidos na estratégia encarnada.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Vlachodimos (6)
    Grimaldo (5)
    Vertonghen (4)
    Morato (4)
    Lázaro (4)
    Weigl (6)
    Taarabt (-)
    Diogo Gonçalves (3)
    Rafa (6)
    Gonçalo Ramos (3)
    Darwin (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Meité (4)

    Henrique Araújo (6)

    Everton (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC VIZELA

    A equipa de Álvaro Pacheco alinhou num 4-3-3 com um trio de meio-campo muito móvel e solidário. Em momento defensivo, Claudemir era o seis puro com Rashid ao lado e Samu Silva numa linha mais adiantada. Já quando atacavam, Claudemir ficava um pouco mais recuado com Rashid e Samu Silva no apoio mais ofensivo.

    O pragmatismo ofensivo acabou por ser a principal dor de cabeça para a linha defensiva adversária. A constante pressão da linha da frente, a velocidade com que se colocava a bola em zona ofensiva e a mobilidade de Andrés Sarmiento e Kiko Bondoso (que trocaram de lado a meio da primeira parte).

    No segundo tempo, voltaram a aparecer bastante por cima no encontro e as entradas de Nuno Moreira e Marcos Paulo trouxeram uma nova frescura e criatividade.

    Mas o golo marcado acabou por ter consequências negativas a curto prazo. Álvaro Pacheco mexeu na linha defensiva e o SL Benfica acabou por ganhar outro fôlego.

    Não obstante isso, a forma como se apresentaram em pleno na Luz acabou por proporcionar um grande espetáculo e um bom resultado.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Pedro Silva (9)

    Koffi (7)

    Bruno Valdez (6)

    Anderson (6)

    Kiki (6)

    Claudemir (7)

     Rashid (4)

    Samu (7)

    Bondoso (6)

    Sarmiento (4)

    Cassiano (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Marcos Paulo (6)

    Nuno Moreira(7)

    Ofori (-)

    Aidara (-)

    Alex Mendéz (-)

     

    BNR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    SL Benfica

    Não foi possível colocar uma questão ao treinador do SL Benfica, Nélson Veríssimo.

     

    FC Vizela

    Bola na Rede: O FC Vizela não se conseguiu adaptar muito bem à expulsão do Taarabt. Foi por isso que promoveu as duas alterações ao intervalo, até porque na primeira parte tentou trocar os dois extremos de posição, sem sucesso?

    Álvaro Pacheco: Falei aos jogadores que íamos aumentar a agressividade na pressão alta e o Rashid já tinha amarelo. O Sarmiento foi a primeira vez que jogou a titular, o jogo estava muito rápido e intenso e estava com algumas dificuldades nos ajustes defensivos e com bola. Coloquei o Nuno porque já estava mais identificado com o nosso jogo e a nossa forma de pressionar.

     

    Artigo revisto por Joana Mendes

     

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    João Castro
    João Castrohttp://www.bolanarede.pt
    O João estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. A sua grande paixão é sem dúvida o jornalismo desportivo, sendo que para ele tudo o que seja um bom jogo de futebol é bem-vindo. Pode-se dizer que esta sua paixão surgiu desde que começou a perceber que o mundo do futebol é muito mais que uma bola a passear na relva.