3.
Minervino Pietra (1976-86) – Lateral-esquerdo de origem, foi mais um polivalente de prestígio que se afirmou na Luz como um dos melhores laterais portugueses. Irreverente na chegada à frente, tinha técnica suficiente para se evidenciar no último terço.
Como ficou demonstrado na eliminatória frente ao Copenhaga, na Taça dos Campeões de 77-78: 1-0 cá, 0-1 lá, dois tentos de sua autoria e a consagração internacional, que viria a completar-se na importância que teve no conjunto de 1982-83 que surpreendeu o continente ao chegar à final da Taça UEFA.
Era Pietra o dono da direita, formando com Carlos Manuel grande dupla naquele corredor. O percurso na Seleção (28 jogos) fica marcado pelo afastamento da fase final do Euro84, quando tinha cumprido praticamente toda a qualificação a titular, “numa altura em que estava com as faculdades intactas”.
Jogou João Pinto (FC Porto) no seu lugar. Na Luz aguentaria mais dois anos, completando 314 jogos – seria expulso no último, contra o Belenenses, o seu antigo clube. Ironias de um destino que fez questão de nunca o afastar totalmente da causa encarnada.
Seria quase eterno colaborador do clube. Assumir-se-ia como adjunto de Rui Vitória. Com ele foi até ao fim, ajudando depois na introdução de Bruno Lage e continuando, até hoje, como ponto de ligação entre os valores benfiquistas e a equipa principal.