SL Benfica | Nova época, novas asas e águia a voar mais alto

    Desde logo, pelas menos frequentes perdas de bola, em particular no próprio meio terreno. A segurança e classe de João Mário aportaram à equipa algo que esta não tinha com as restantes opções para o meio-campo. Contudo, não foram apenas pormenores individuais a fazer a diferença. A aposta contínua e mais solidificada no sistema de três centrais tem dado bons resultados.

    Além da qualidade dos centrais utilizados, importa também olhar para a dupla de meio-campo (e, em particular, para Weigl) que joga à sua frente. O médio alemão tem mostrado estar muito mais por dentro do que o treinador lhe pede e tem espalhado classe em campo, contribuindo ainda para o desafogo de João Mário, que se vê incumbido apenas e só das suas próprias tarefas.

    Por outro lado, ofensivamente a equipa tem produzido e concretizado um pouco menos do que no começo da temporada passada, mas tem sido mais consistente e os jogadores têm estado mais concentrados durante a integralidade das partidas.

    De resto, apenas nos Açores as águias fizeram mais do que dois golos. A verdade é que tem chegado para vencer – e como era importante vencer.

    Julian Weigl tem sido peça preponderante na solidez defensiva do SL Benfica
    Julian Weigl tem sido peça preponderante na solidez defensiva do SL Benfica
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Outro dos aspetos em que a equipa cresceu prende-se com os índices de confiança e de união dentro do grupo. É notório mesmo para os mais desatentos espetadores externos ao grupo de trabalho que este está muito mais aguerrido e junto e que os seus membros são cada vez mais “uma família”. Por falar em família…

    Talvez seja este o principal ponto diferenciador: o regresso do público. A família benfiquista voltou a colorir estádios de Norte a Sul de Portugal e tem ajudado a empurrar os pupilos de Jorge Jesus para a vitória.

    Sem público, dificilmente o SL Benfica teria sido capaz de superar as adversidades que teve que enfrentar em Moreira de Cónegas (inferioridade numérica), na receção ao PSV (inferioridade qualitativa) e na receção ao CD Tondela (inferioridade no marcador).

    Sobeja, agora, continuar assim, estando todo e qualquer benfiquista cônscio de que será difícil fazê-lo, dada a dificuldade que o calendário futuro encerra para o SL Benfica. Todavia, a confiança existe e supera em larga escala a que subsistia ao cabo do período homólogo da época passada. Veremos quanto tempo dura.

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.