É mais do que aparente a melhoria geral que o SL Benfica, comandado por Jorge Jesus, tem vindo a apresentar neste início de temporada.
Tudo começa com os resultados e, sobretudo, com a relevância dos mesmos. Com nove partidas realizadas em 2021/22, os encarnados levam oito vitórias e apenas um empate (em Eindhoven, ante o PSV, sem golos).
Seguem, assim, imbatíveis as águias. Na temporada transata, ao cabo dos mesmos primeiros nove jogos, os encarnados somavam sete vitórias – um bom registo, claro. Todavia, registavam duas derrotas – e de grande magnitude. Na estreia, a turma de JJ havia desde logo comprometido a restante época, saindo derrotada de Salónica por 2-1 e sendo relegada para a Liga Europa.
Ao nono encontro, nova derrota, desta feita na deslocação ao Bessa (3-0 diante do Boavista FC). Como tal, os resultados e as suas consequências marcam a primeira grande diferença do SL Benfica de segundo ano para o SL Benfica de primeiro ano, nesta segunda passagem de Jesus pela Luz. Mas algo mudou para que tais resultados sucedessem. O quê?
A primordial distinção será, diria, a maior capacidade defensiva, sobretudo em transição, apresentada pelas águias. Em 20/21, os encarnados haviam concedido dez golos nos nove primeiros jogos e inclusive sofreram mais do que um golo em várias dessas partidas.
Em claro contraste, na corrente época as águias apenas por três vezes viram as suas redes violadas, nunca sofrendo mais do que um golo (Moreirense FC, CD Tondela e PSV foram os únicos a desfeitear a defensiva benfiquista).
Para o acréscimo de qualidade defensiva coletiva muito contribuíram os acréscimos de qualidade individual. Com Lucas Veríssimo – centralão – cada vez mais integrado e a impor-se como um pilar no onze habitual do SL Benfica, com a consistência demonstrada por Morato sempre que chamado e, sobretudo, com a chegada de João Mário, as águias adquiriram uma solidez defensiva sem e com bola muito grande.