Sporting CP 0-2 SL Benfica: Páscoa, mas quem largou os ovos foram águias e dragões

A CRÓNICA: A POSSE DE BOLA NÃO GANHA JOGOS. O SPORTING CP QUE O DIGA…

Em noite de dérbi pascal, os ovos caíram para o lado das águias com os dragões à espreita. O SL Benfica venceu o Sporting CP no eterno dérbi por 2-0, num jogo totalmente definido já nos minutos finais.

Na primeira parte, percebemos que a distância da 2ª circular chegou para a diferença de jogo entre as duas equipas. Com um Sporting CP a ter mais bola e um SL Benfica a apostar nas transições, a verdade é que tudo saiu melhor aos encarnados.

Apesar de uma melhor entrada da equipa de Rúben Amorim com Paulinho a criar estragos, o 1-0 dos comandados de Nélson Veríssimo surgiu logo aos 14 minutos. Vertonghen faz um passe longo, Darwin fura entre os centrais leoninos e, como um poço de força, pica sobre Adán para o 1-0.

O 2-0 poderia ter surgido aos 31 minutos por Diogo Gonçalves, mas o futebol de posse leonino também começava a dar frutos. Aos 32 minutos, Pedro Gonçalves apareceu solto entre os centrais do SL Benfica, mas valeu Vlachodimos a evitar o empate. A resposta foi travada pelo VAR. Otamendi colocou a bola dentro das redes numa recarga ao cabeceamento de Gonçalo Ramos, mas não contou.

Na segunda parte, perspetivava-se um Sporting CP a entrar mais forte, mas as transições encarnadas continuavam a ser uma dor de cabeça. Aos 48 minutos, Sarabia ficou perto do empate, mas valeu a barra da baliza de Vlachodimos.

Rúben Amorim começou a mexer na equipa, mas nem assim o rumo do encontro parecia mudar. O xeque-mate final dos encarnados surgiu já perto do final do encontro. Gil Dias, o herói improvável, surgiu na cara de Vlachodimos e ofereceu a segunda amêndoa para os encarnados.

Com este resultado, reacende a luta pelo 2º lugar e o título aproxima-se ainda mais do FC Porto.

 

A FIGURA

Sporting x Benfica
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Darwin Núñez Mais uma grande exibição do ponta de lança uruguaio a dar continuidade ao grande momento de forma. Ao longo dos 97 minutos, foi uma autêntica dor de cabeça para a defesa leonina, quer no jogo de profundidade como no um para um na zona lateral da grande área. Um jogador já para mais altos voos.

 

O FORA DE JOGO

Sporting x Benfica
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Passividade do Sporting CP – Esta não foi a noite do Sporting CP de Rúben Amorim. Provavelmente uma das exibições mais apagadas desde que o jovem técnico começou a liderar os leões. Tanto ofensivamente como defensivamente, vimos uma equipa com uma grande passividade e adormecida na procura dos seus objetivos.

 

 

ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

Os leões alinharam-se no 3-4-3 habitual, mas com Palhinha a regressar ao 11 inicial. Sarabia do lado direito e Pote do lado esquerdo no apoio a Paulinho.

Notou-se uma equipa a tomar total iniciativa de jogo, com uma maior abertura no corredor direito, visto que Porro recorria à maior parte dos cruzamentos (Everton não cobria tanto) e do lado esquerdo a procurar uma maior envolvência no jogo interior (Diogo Gonçalves já ajudava a cobrir o jogo exterior encarnado).

A nível defensivo, os leões também sofreram muito com as transições do Benfica, principalmente com os passes longos para os homens da frente de ataque.

No segundo tempo, apareceu um Sporting ainda mais controlar, mas a cometer os mesmos erros de antes.

Com as substituições de Rúben Amorim, Palhinha desceu para central e Slimani posicionou-se na frente de ataque ao lado de Paulinho após as saídas de Neto e Pedro Gonçalves.

Marcus Edwards também trouxe outra capacidade de colocar a bola na área.

Mas a entrada de Gil Dias dificultou a incursão pelo corredor direito tendo um efeito parecido à de Diogo Gonçalves, e os poucos espaços que haviam fecharam-se.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Adán (3)

Gonçalo Inácio (4)

Luís Neto (3)

Coates (3)

Nuno Santos (3)

Palhinha (3)

Matheus Nunes (4)

Porro (5)

Sarabia (4)

Pedro Gonçalves (3)

Paulinho (3)

SUBS UTILIZADOS

Ugarte (4)

Slimani (3)

Ricardo Esgaio (3)

Marcus Edwards (4)

Daniel Bragança (-)

 

 

ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

A equipa de Nélson Veríssimo apresentou-se num 4-4-2 com Diogo Gonçalves a substituir Rafa, mas a aparecer pela direita mais encostado à linha defensiva.

A equipa apareceu a jogar em contra ataque e com recursos a passes longos com Darwin a ser a principal referência quer em espaço mais lateral, quer por entre os centrais do Sporting CP. Foi assim que surgiu o primeiro golo. Vertonghen também acabava por ter um papel preponderante nesse aspeto.

Contudo, ainda se viu algumas debilidades defensivas que não se materializaram. Do lado esquerdo com Porro a causar problemas e do lado direito em espaço mais interior a dar espaço ao Sporting.

A entrada de Gil Dias ajudou sobretudo a trancar o corredor esquerdo do Benfica e ainda trouxe o golo como bónus.

 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Vlachodimos (4)

Grimaldo (5)

Vertonghen (6)

Otamendi (5)

Gilberto (6)

Weigl (6)

 Taarabt (6)

Everton (6)

Diogo Gonçalves (7)

Gonçalo Ramos (5)

Darwin (9)

SUBS UTILIZADOS

 Gil Dias (7)

 Paulo Bernardo (5)

André Almeida (-)

João Mário (-)

 

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Sporting CP

Não foram colocadas questões ao treinador do Sporting CP, Rúben Amorim.

SL Benfica

BnR: O Sporting CP é uma equipa normalmente muito forte no jogo aéreo e nas bolas paradas, e hoje o Benfica conseguiu contrariar bem isso. Depois de já termos visto esta época o Benfica a sofrer mais nesse aspeto, sente que também foi mais uma das evoluções positivas para este jogo?

Nélson Veríssimo: Acima de tudo, temos de ter consciência dos erros que temos vindo a cometer. Sabemos que a bola parada tem sido um deles, mas temos de dar mérito ao adversário. Na final do Liverpool FC x Manchester City FC, o Konaté fez um golo do mesmo sítio. Há ali também muita qualidade na batida da bola e da qualidade individual do jogador que aparece para finalizar. Ainda assim, reconhecemos que a bola parada defensiva é um dos momentos do jogo que temos a melhorar, é um processo contínuo e temos de continuar a trabalhar para não sofrer golos em bola parada ou processo de organização ofensiva e potenciar o jogo ofensivo.

 

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João Castro
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O João estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. A sua grande paixão é sem dúvida o jornalismo desportivo, sendo que para ele tudo o que seja um bom jogo de futebol é bem-vindo. Pode-se dizer que esta sua paixão surgiu desde que começou a perceber que o mundo do futebol é muito mais que uma bola a passear na relva.

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