O Sport Lisboa e Benfica regressou às conquistas quatro jogos depois do último triunfo. A primeira derrota foi no terreno do AJAX. Seguiu-se a vergonha no Jamor frente ao Belenenses SAD, os zero pontos conquistados na Luz frente ao Moreirense e, por fim, o empate caseiro frente também ao AJAX. Após este período negro, que desejamos nunca mais repetir, o Benfica deslocou-se a Tondela para limpar a má imagem que tinha criado e voltar a conquistar três preciosos e fundamentais pontos.
O destaque deste texto não vai para a vitória em si, mas sim para o momento que esta marcou (ou não). O Benfica necessitava de regressar rapidamente às vitórias, mas seria também importante (contudo, secundário) voltar a praticar um futebol atrativo que deixasse os adeptos do lado do mister Rui Vitória (principalmente). Era necessário voltar a haver um meio-campo sólido, uma defesa sem falhas e um ataque com uma taxa de sucesso elevada. Nessa partida não se viu assim tanto um futebol atrativo, mas sim um plantel unido e com uma enorme vontade de voltar a usufruir de momentos de felicidade. E para que serve esta vitória? Serve para virar a página negra e encarar as próximas partidas como esta como necessidade de vitória.
O plantel encarnado precisa de aproveitar esta difícil conquista para descomprimir da pressão instalada pelos adeptos e comunicação social, e trabalhar as próximas partidas de uma forma mais calma e consciente. Precisa também de perceber que os adeptos não vão abandonar nunca a equipa e mesmo com os maus resultados eles estavam lá, do lado da equipa, nas bancadas, ao frio e debaixo de uma intensa chuva.
As próximas partidas servem para provar que a equipa está de volta aos sucessos. A primeira delas é em casa, frente ao Arouca, para a Taça de Portugal. A importância desta competição é simples: é obrigatório vencer. Primeiro, para nos aproximarmos da grande final, alcançarmos a vitória e conquistarmos o objetivo. Segundo, para mostrar aos adeptos que a vitória em Tondela foi mesmo o virar de página. Depois deslocamo-nos a Munique para enfrentar o poderoso Bayern.
Caros jogadores e equipa técnica, ao menos um “empatezinho”, mas com uma boa exibição. Copiemos aquela exibição que fizemos nesse mesmo estádio, na época em que Renato Sanches estava nos encarnados. Por fim, e de regresso ao futebol nacional, o difícil Feirense vem a Lisboa. Difícil porquê? Porque a equipa de Nuno Manta Santos é dos melhores coletivos que jogam na primeira liga. Defensivamente, é das equipas da segunda metade da tabela que menos golos sofreu nesta Liga portuguesa. Ofensivamente, é verdade que peca nos números e na posição classificativa, mas há experiência e muita qualidade.
Posto isto, o Benfica está mais que obrigado a mostrar, nestas três partidas, que virou a página e que voltou assim às conquistas.
Revisto por: Mariana Coelho