AD Castro Daire 1-1 SC Salgueiros: Castrenses não seguram vantagem

    A CRÓNICA: ATITUDE FORASTEIRA PÓS-INTERVALO VALEU UM PONTO

    No Complexo Desportivo de Castro Daire, houve duelo entre candidatos ao Playoff de subida do Campeonato de Portugal. Os visitantes, líderes da Série C, poderiam mesmo garantir uma vaga no Playoff se vencessem o jogo.

    Nos primeiros minutos, houve mais posse de bola do Salgueiros, mas sem traduzir em lances de perigo para o Castro Daire.

    À medida que os minutos foram passando, a equipa da casa passou a dominar a partida e a estar mais próxima da baliza adversária. PV deu um aviso com um remate de fora da área que passou próximo do poste da baliza de Chastre, na recarga de um livre direto. Pouco depois, Sunday tentou do meio do campo surpreender com um chapéu o adiantado guarda-redes adversário, mas Chastre de forma fácil resolveu a situação, ainda que a dois tempos.

    As duas equipas ficaram mais afastadas das balizas adversárias e o jogo tornou-se mais duro, com vários cartões amarelos exibidos pelo árbitro, em especial para o lado dos visitantes.

    No entanto, à beira do intervalo, PV cruzou para Braz que cabeceou à meia volta e obrigou Chastre a uma defesa de recurso, desviando a bola por cima do travessão da baliza. No canto do lado esquerdo, cruzamento alto e tenso que Paulo André, mais alto do que os defesas do Salgueiros, cabeceou para o primeiro golo da partida.

    O segundo tempo começou com um Salgueiros mais assertivo na luta pela posse de bola, algo também consentido pelo Castro Daire, que recuou no terreno de jogo. Os visitantes empate não demorariam muito a chegar ao empate, por Cícero, que respondeu de cabeça ao cruzamento de Rodolfo e não precisou sequer de tirar os pés do chão para fuzilar a baliza de Elísio.

    A igualdade não fez com que o Salgueiros tirasse o pé do acelerador, enquanto que o Castro Daire tentava as transições rápidas. As duas equipas estiveram mais soltas a rematar, especialmente de fora da área, mas sem grande perigo para nenhuma das balizas.

    À medida que os minutos passavam, os anfitriões equilibravam a partida, mas os lances de perigo não surgiam, por alguma passividade dos Castrenses, na hora de finalizar.

    Apesar de o Castro Daire ter sido ligeiramente superior ao Salgueiros no jogo, o empate aceita-se, pela boa entrada do Salgueiros e a passividade da equipa da casa depois do intervalo.

     

    A FIGURA

    Paulo André AD Castro Daire
    Fonte: AD Castro Daire

    Paulo André – O defesa do Castro Daire fez o golo, com uma bela cabeçada, mostrando uma grande capacidade de impulsão, e contribuiu para o bom desempenho defensivo da equipa, em especial no primeiro tempo, perante a presença ofensiva em dose dupla do Salgueiros.

     

    O FORA DE JOGO

    Stanley SC Salgueiros
    Fonte: SC Salgueiros

    Stanley – Depois de uma partida desinspirada do Salgueiros, foi o sacrificado ao intervalo. Na verdade, o avançado esteve bastante discreto, menos em jogo do que o seu parceiro Cicero. Apesar de não ter tido qualquer ação que se possa destacar de forma negativa, a verdade é que na segunda parte, os visitantes entraram bastante mais dinâmicos ofensivamente.

     

    ANÁLISE TÁTICA – AD CASTRO DAIRE

    Vasco Almeida apostou num 5x4x1, com a novidade de Braz na frente de ataque dos Castrenses. Marcel e Tiago Veiga ficaram responsáveis pelas alas direita e esquerda do, respetivamente. Na defesa, Rui Cardoso juntou-se à tripla de centrais, Sunday, Raphael Almeida e Paulo André, em processo defensivo, para fechar a nível central.

    Na segunda parte, a equipa cedeu perante a maior pressão dos homens do Salgueiros e acabou por sofrer o golo do empate. Enfrentando duas “torres” do Salgueiros, Cícero e Tanko, o Castro Daire nunca deveria ter recuado tanto. As substituições realizadas foram tardias, mas ainda assim, trouxeram maior dinamismo ofensivo ao Castro Daire, apesar de o maior ascendente verificado na primeira parte, não se repetir.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Elísio (6)

    PV (7)

    Paulo André (8)

    Raphael Almeida (6)

    Sunday (7)

    Luís Pedro (7)

    Fred (7)

    Rui Cardoso (7)

    Marcel (6)

    Tiago Veiga (7)

    Diogo Braz (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Luís Paiva (6)

    Marado (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC SALGUEIROS

    Rui Amorim apostou num 4x4x2, com Cicero e Stanley na frente. Em ataque organizado, o lateral direito Rafael Viegas e o médio-ala esquerdo Diogo Valente ficavam responsáveis pelos corredores. O meio campo central composto por Miguel Ângelo, Ivo Lemos e Braga, este mais adiantado, não conseguiu controlar o jogo, em especial na primeira parte.

    Ao intervalo, sem mudar a estrutura tática, Tanko substituiu Stanley, na frente do ataque, mas o Salgueiros passou a mandar mais no jogo e a remeter o Castro Daire para a sua grande área. Os visitantes chegaram ao empate e tentaram, com várias mexidas para refrescar, sem alterar o esquema tático, alcançar a vitória. Contudo, o Castro Daire equilibrou o jogo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Chastre (7)

    Rafael Viegas (7)

    Álvaro Dias (6)

    Nelson Agra (6)

    Rodolfo (7)

    Miguel Ângelo (6)

    Braga (6)

     Ivo Lemos (6)

    Diogo Valente (6)

    Stanley (5)

    Cicero (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Tanko (7)

    Tarcísio (6)

     Nelsinho (6)

    Peks (-)

    Turé (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    AD Castro Daire

    BnR: Que análise faz ao jogo? Uma primeira melhor conseguida do que a segunda?

    Vasco Almeida [técnico principal]: Penso que sim. Características de um jogo muito difícil, de um jogo grande como se costuma dizer. Nós entrámos bem, fomos fazendo o nosso trabalho mais perto da baliza do Salgueiros, sem muitas ocasiões de golo, mas o Salgueiros também por não teve. Nós fomos com um bocadinho mais de perigo à baliza adversária e, depois foi um prémio justo termos conseguido a vantagem, no final da primeira parte. Na segunda parte, não creio que tenhamos entrado mal. Evidentemente, o Salgueiros estava a perder e tinha de ir atrás do prejuízo, com um bocadinho mais de bola, mas em termos de oportunidades de golo, zero oportunidades. O golo deles é um cabeceamento que bate nas costas de um jogador nosso e colocaram-me em igualdade no jogo. A partir daí, o jogo continuou dividido. Entre duas boas equipas, é normal que uma não sobreponha muito sobre a outra e, mesmo assim, nós, até final, tivemos duas ocasiões flagrantes de golo e o Salgueiros continuou sem nenhuma ocasião. Poderá aceitar-se o empate, mas a haver algum vencedor seria naturalmente o Castro Daire

    BnR: Este resultado acaba por ser penalizador para a luta pelos lugares de acesso ao Playoff de subida à Liga 3?

    Vasco Almeida: É penalizador porque perdemos pontos. Agora o nosso caminho está a ser feito. Sabemos que estamos numa luta extremamente difícil. Sabemos que ombreamos com adversários de enorme valor. Realmente só se tornou negativo porque o Leça [segundo classificado da Série C do Campeonato de Portugal, último lugar que dá acesso ao Playoff, venceu por 3-2 frente ao Valadares Gaia] fez dois golos já dez minutos da hora. Nessa perspetiva, é negativo porque perdemos dois pontos pata o Leça, mas se os jogos tivessem terminado quase ao mesmo tempo, o Castro Daire continuava apenas a depender de si próprio para chegar ao segundo lugar.

     

    SC Salgueiros

    BnR: Que analise faz à partida? Considera o resultado justo?

    Rui Amorim [técnico principal]:  Sim, se analisarmos o que fizemos e o que o adversário fez na primeira parte, aceitamos ir em desvantagem para o intervalo. Contudo, têm de aceitar que Salgueiros tenha ganho a segunda parte. Portanto, no geral, dá um empate e o resultado é justo perante um adversário difícil. Quanto a mim, foi a equipa que na Série, nos dois jogos disputados, foi a equipa mais difícil que defrontámos.

    BnR: Na primeira parte, foi estratégia o menor domínio do Salgueiros [líder destacado da Série C], até pela classificação das duas equipas na Série?

    Rui Amorim: Sabíamos que o adversário precisava dos três pontos para ambicionar o segundo lugar, numa corrida com outros adversários. Respeitamos o adversário e sentimos que respeitaram a nossa equipa e, depois numa bola parada, em que não fomos tão rigorosos como costumamos ser, sofremos o golo. Se analisarmos, mesmo na primeira parte em que não estivemos tão bem, o adversário também nos não criou lances de perigo, à exceção do golo.

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    Pedro Filipe Silva
    Pedro Filipe Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Curioso em múltiplas áreas, o desporto não podia escapar do seu campo de interesses. O seu desporto favorito é o futebol, mas desde miúdo, passava as tardes de domingo a ver jogos de basquetebol, andebol, futsal e hóquei nacionais.