Os exemplos de Andreas Schjelderup e Casper Tengstedt
São, sem sombra de dúvidas, os maiores exemplos de talento emergente no mercado nórdico, e chegam a Portugal pela mão do SL Benfica. Casper Tengstedt é um ponta de lança muito interessante, que eu desconhecia por completo, mas que chega para reforçar a frente de ataque encarnada, onde já existe uma qualidade e quantidade tremenda. A contratação deste avançado levanta outras questões, que até fazem sentido para mim, como por exemplo a “não aposta” em Fran Navarro, que se tem vindo a destacar imenso na nossa liga, e que está neste momento muito perto de Invicta. Faz ou não sentido investir cerca de 7 milhões no imediato em Casper, e não investir em Fran Navarro? São jogadores diferentes, com características diferentes, mas é um negócio que mostra bem esta tal ousadia dos encarnados, para além de mostrar uma capacidade de antecipação enorme.
No caso de Schjelderup, o SL Benfica fez um negócio bomba no meu ponto de vista. É um jogador diferenciado, que eu por acaso já conhecia, sendo um dos miúdos que mais observações tem sofrido ao longo do anos. Para além de justificar completamente o dinheiro que custou com números e rendimento desportivos apresentado, se não viesse já para Portugal, não acredito que viesse depois. E porquê? Porque tenho a certeza absoluta que no verão este jogador custaria facilmente 30 ou 40 milhões de euros, e nenhum clube português conseguiria chegar ao seu concurso. Por isso, esta jogada de antecipação e esta capacidade do Benfica de perceber que é “agora ou nunca”, podem trazer muitos frutos à luz e ao futebol português, que pode receber esta tendência nórdica de braços abertas, e deixar de apostar tantas fichas no outro extremo do oceano.