Académico de Viseu FC 2-0 CD Mafra: A vitória, finalmente

    A CRÓNICA: ESTREIA CASEIRA VITORIOSA PARA JORGE COSTA

    Um Académico de Viseu FC a viver um arranque de época muito difícil recebeu o CD Mafra, que somava, à entrada para a sétima jornada da Segunda Liga, três jogos seguidos sem vencer. Contudo, a situação dos viseenses era mais crítica, uma vez que já trocaram de treinador e ainda não tinham vencido esta época.

    Se o Académico precisava de responder em campo, o primeiro minuto mostrou uma equipa cheia de vontade de dar a volta à situação negativa que vive.  No primeiro jogo caseiro de Jorge Costa, Ott e Clóvis tiveram duas oportunidades para colocar a equipa a vencer logo no minuto inicial. Esta entrada foi o mote para uns primeiros 15 minutos afirmativos dos viseenses, com maior controlo do jogo e a criarem mais oportunidades.

    Contudo, o Mafra conseguiu começar a inverter a situação, puxou a bola para si e, aos 19 minutos, teve mesmo uma grande oportunidade, por Pité, mas sem materializar. Mas foi mesmo num momento em que os forasteiros tentavam superiorizar-se que, isolado por Ott, Massimo inaugurou o marcador e colocou o Académico em vantagem.

    O golpe da equipa da casa voltou a mudar o ascendente de jogo e voltou a ser o Académico quem ia criando as melhores oportunidades, com Sam Silva a evitar o segundo golo até ao intervalo. No reatar do jogo, Gril quis brilhar na outra baliza e voou de forma espetacular para evitar o empate, aos 53 minutos.

    Com o Mafra no ataque, o Académico aplicou um contra-ataque que resultou na perfeição. Isolado perante o guarda-redes adversário, Ott passou de assistente a marcador, após driblar Samú Silva com classe e finalizar. Estava feito o 2-0 pouco depois da hora de jogo.

    A equipa forasteira apostou, como se previa, tudo no ataque, o que abriu muito espaço nas costas da defesa para o Académico poder explorar. Todavia, a expulsão de Milioransa, aos 81 minutos, fez acreditar ainda mais a equipa de Mafra, mas sem que conseguissem criar verdadeiro perigo.

    O Académico conseguiu finalmente a primeira vitória na temporada, naquele que foi o primeiro jogo de Jorge Costa no Fontelo. Já o Mafra, perdeu pela segunda jornada consecutiva e aumenta para quatro o número de jogos seguidos sem vencer.

     

    A FIGURA

    Gautier Ott – O jogador francês assistiu o primeiro golo e marcou o segundo, protagonizando mais uma exibição de mão cheia. Desde que chegou a Viseu, no mercado de verão, já atuou como extremo, mas também como ala, com uma defesa a três, sempre com distinção.

     

    O FORA DE JOGO

    Igor Milioransa – Apesar da exibição razoável, na lateral esquerda dos viseenses, um lance ao minuto 81 estragou tudo. Já com um amarelo, agarrou um adversário de forma ostensiva, numa zona que não o justificava, e viu o segundo amarelo e consequente vermelho. Um erro crasso que deixou a equipa em desvantagem e a sofrer até final.

     

    ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICO DE VISEU FC

    Jorge Costa optou por um 4-2-3-1 no seu primeiro jogo caseiro enquanto treinador do Académico. Com Paná e Nduwarugira na dupla de meio-campo, foi Jonathan Toro quem jogou a ’10’, deixando as alas para Ott e Massimo, no apoio ao avançado André Clóvis.

    Atrás, jogou o mesmo quarteto que defrontou o CF Estrela da Amador, com Tiago Mesquita e Milioransa nas laterais e com Arthur e André Almeida a formarem a dupla de centrais.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Domen Gril (6)

    Tiago Mesquita (5)

    André Almeida (6)

    Arthur Chaves (6)

    Igor Milioransa (4)

    Christophe Nduwarugira (5)

    Paná (5)

    Gautier Ott (7)

    Jonathan Toro (5)

    Roberto Massimo (6)

    André Clóvis (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Soufiane Messeguem (5)

    Famana Quizera (5)

    Capela (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD MAFRA

    O técnico Ricardo Sousa montou a equipa mafrense em 3-4-3, sendo que a principal variação neste esquema foi a posição de Pité, que muitas vezes baixou e se colocou entrelinhas, sendo quase um ’10’.

    Na frente, Fati e Murilo colocavam-se muito por dentro, projetando os laterais Lucas Silva e Gui Ferreira. Quanto ao trio defensivo, Diomandé e Pedro Barcelos tiveram a companhia do médio Leandrinho, possivelmente para dar melhor qualidade na primeira fase de construção do Mafra.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Samú Silva (5)

    Ousmane Diomandé (5)

    Leandrinho (5)

    Pedro Barcelos (5)

    Gui Ferreira (5)

    Léo Cordeiro (5)

    Matheus Oliveira (5)

    Lucas Silva (5)

    Pité (5)

    Murilo (5)

    Ença Fati (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Pedro Lucas (4)

    Pedro Pacheco (5)

    Zidane Banjaqui (4)

    Bura (5)

    Vítor Gabriel (4)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    ACADÉMICO DE VISEU FC

    BnR: No jogo anterior esteve o Famana no corredor direito, hoje esteve o Massimo. Sendo que são jogadores diferentes, o que é que um e outro dão ao jogo que pretende aplicar no Académico?

    Jorge Costa: O Masismo é muito mais de profundidade, enquanto o Famana é um jogador de espaços interiores. Aliás, o Famana entra para uma posição mais no meio, só depois vai para a ala, com a saída do Massimo. São jogadores diferentes, sim, mas ambos acrescentam ao jogo aquilo que eu quero.

     

    CD MAFRA

    BnR: Tem utilizado o Leandrinho como um terceiro central. É com o objetivo de ajudar na construção, ou para poder formar uma linha de cinco, em certos momentos, a defender?

    Ricardo Sousa: O Leandrinho é muito versátil, dá-nos uma construção a três e permite que a equipa jogue mais tempo no meio-campo adversário. Às vezes resulta, outras vezes não, mas desempenhou o papel que lhe pedi.

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Alexandre Candeias
    Alexandre Candeiashttp://www.bolanarede.pt
    Apaixonado por futebol desde sempre, tem o hábito de escrever sobre o desporto rei desde os tempos da escola primária, onde o tema das composições de Português nunca fugia da bola.