Danny para português ver

    Daniel Miguel Alves Gomes é um nome desconhecido no mundo do futebol. No entanto, se falarmos em “Danny” o caso muda de figura. O jogador português, ainda hoje a transferência interna mais cara de sempre do futebol russo, tem uma carreira de sucesso que conta já com 18 épocas no futebol sénior.

    Apesar disto, o impacto do jogador no futebol português não é o que se poderia esperar. Na Primeira Liga, o médio apenas foi importante no CS Marítimo, onde somou 68 jogos divididos por três épocas. Já no Sporting CP, atuou 20 vezes pela equipa principal, apontando apenas um golo.

    No entanto, as boas exibições pela equipa insular valeram-lhe uma transferência para a Rússia, onde iria finalmente catapultar o nível da sua carreira. Em três anos, somou 113 jogos pelo Dínamo de Moscovo, onde apontou 21 golos. Depois, seguiu para o Zenit, a troco de 30 milhões de euros.

    Pela equipa de São Petersburgo, fez um total de 280 partidas, distribuídas por nove épocas, e só na última temporada, já com 32 anos e depois de uma lesão complicada, perdeu o estatuto de indiscutível.

    Danny foi por várias vezes capitão do FC Zenit
    Fonte: UEFA

    As exibições pela seleção nacional, porém, nunca acompanharam a qualidade exibida em solo russo. Pela equipa das quinas, Danny soma apenas 38 internacionalizações, menos 116 do que o recordista Cristiano Ronaldo, ou, por exemplo, menos 75 do que João Moutinho.

    É certo que para este número muito contribuíram as lesões e o período de afastamento promovido por Paulo Bento, mas a verdade é que, mesmo nos poucos jogos que fez pela seleção, Danny nunca convenceu.

    Destaque no Zenit pela intensidade, qualidade no jogo entre-linhas e até capacidade de finalização, por Portugal Danny foi quase sempre uma unidade em sub-rendimento. Demasiado lento, pouco incisivo com a bola e sempre muito escondido do jogo, as suas exibições de quinas ao peito não deixam saudades.

    Agora, aos 34 anos e depois de uma época no Slavia de Praga, o médio está de volta ao “seu” clube português: o CS Marítimo.

    Embora esteja já numa fase descendente da carreira, pela sua qualidade e experiência ainda será capaz de fazer a diferença no nosso campeonato, e numa equipa como o Marítimo pode ser a referência.

    Na reta final da carreira, Danny tem a última oportunidade para convencer os adeptos portugueses. Perceber o seu impacto no futebol luso será uma das curiosidades da nova temporada e destacar-se em Portugal será talvez o último objetivo do jogador antes de se despedir dos relvados.

    Foto de Capa: CS Marítimo

    Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

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    Pedro Paupério
    Pedro Paupériohttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é estudante de Ciências da Comunicação. Sendo um amante de desporto, é no futebol que encontra a sua maior paixão. A análise do que se passa em campo é a sua prioridade e não consegue ver um jogo sem tentar perceber tudo o que vai na cabeça dos treinadores. Idealiza uma cultura futebolística onde a tática e a técnica são muito mais discutidas do que a arbitragem.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.