E agora, Marítimo?

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    O Marítimo representa um dos projetos mais interessantes dos últimos anos em Portugal. Depois do sucesso de Pedro Martins no comando do clube verde-rubro, a equipa insular passou por um período de menor fulgor, no que toca à luta pelos lugares europeus. Esta temporada nasceu torta mas no final começou a ganhar forma e a Europa já não deve fugir. Resta saber o caminho que este Marítimo escolherá agora, se aquele que aposta na continuidade ou se aposta as fichas todas, de novo, noutro projeto.

    Num ano em que o Nacional, principal rival do Marítimo, vê cada vez mais perto a descida consumar-se, os verde-rubros dos Barreiros tem voltado a estar em grande no campeonato, procurando por lugares europeus. O Marítimo vem de uma temporada atípica em que o melhor acabou por ser a final da Taça da Liga, que depois viria a resultar numa derrota perante o Benfica. A época deixou muito a desejar. Tanto com Ivo Vieira como depois com o experiente Nelo Vingada, o Marítimo pautou-se pela irregularidade, pelo futebol pouco atrativo e sobretudo por um desiquilíbrio emocional. Já nesta temporada, a escolha recaiu no brasileiro Paulo César Gusmão. Pouco se sabia do técnico, mas a verdade é que não deixará grandes saudades nos Barreiros. O Marítimo da temporada passada fazia-se sentir de novo e as expetativas dos adeptos não eram as maiores. Depois da estrutura do Marítimo ter percebido que não tinha tomado a melhor decisão, surgiu Daniel Ramos no comando técnico da equipa, homem que somava já algumas boas campanhas na segunda liga.

    Fonte: CS Marítimo
    Fonte: CS Marítimo

    O Marítimo começou a estabilizar o seu futebol, pautando-se pela segurança defensiva aliando isso ao critério com bola e, sobretudo, à qualidade nos contra-ataques e nos lances de bola parada, uma das armas da equipa esta época. Depois de algumas vitórias consecutivas, conseguiu-se afastar, finalmente, o fantasma que pairava sobre a equipa desde a temporada passada. Com a existência de um modelo pensado, de uma forma de jogar consolidada, começaram a surgir resultados. O Marítimo começou a somar vitórias sobre vitórias, fazendo-se valer da força do novo Estádio dos Barreiros, que voltou a ser o temível “Caldeirão” de outrora e que conta com uma das melhores taxas de ocupação da primeira liga. Em conjunto com o Chaves, Vitória de Guimarães e Boavista, este Marítimo é, das equipas pequenas, um dos clubes com melhores casas,conseguindo trazer os seus adeptos em torno da sua equipa . Com as vitórias, com os bons resultados frente aos grandes, nomeadamente a vitória contra o Benfica, alguns jogadores começaram a sobressair.

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    Emanuel Melo
    Emanuel Melohttp://www.bolanarede.pt
    O Emanuel está no terceiro ano da licenciatura em Comunicação Social e Cultura. Vem da terra do Pauleta, das paisagens deslumbrantes e do queijo Terra Nostra. Gosta de ver a Premier League e espera um dia poder vir a ser relatador de futebol.                                                                                                                                                 O Emanuel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.