Fatura europeia demasiado elevada

    As competições europeias constituem o sonho de qualquer jogador, independentemente da sua origem. São as provas continentais de clubes mais ambicionadas, ultrapassando claramente a Copa Sudamericana e a Libertadores em mística e mediatismo.

    Portugal construiu uma história bonita e recheada nestas competições, mas, ultimamente, não tem estado à altura da reputação que alimentou durante anos e anos. As prestações sofridas dos clubes nacionais têm-se repetido edição após edição e não orgulham a maioria dos seus adeptos.

    As consequência das campanhas lusas desastrosas estão espelhadas nos rankigs FIFA ao longo das temporadas, chegando mesmo a ser ultrapassados pela Rússia e com a Bélgica e Ucrânia sempre por perto, afetando diretamente o número de vagas disponíveis e equipas apuradas.

    A qualidade de jogo apresentada em Portugal tem descido drasticamente, tanto nas equipas mais modestas, como nos crónicos candidatos aos títulos. Se por um lado os plantéis chegam para consumo interno, o mesmo não se pode dizer dos jogos internacionais. O principal problema está aí: a rotina das provas internas torna águias, dragões e leões cada vez mais cómodos.

    Os adeptos vitorianos fizeram do Emirates Stadium um mini Afonso Henriques e empurraram o Vitória SC para uma exibição a roçar a perfeição
    Fonte: Vitória SC

    Essa falta de competitividade interna além de afetar o rendimento europeu, cava um fosso ainda maior para as equipas de segunda linha e que pretendem intrometer-se neste domínio, como SC Braga e Vitória SC.

    O mesmo acontece noutros países e devia servir de exemplo para que se pudesse evitar por cá. Na Grécia, o domínio avassalador do PAE Olympiacos SFP prejudicou o crescimento do futebol naquele país e é raro o sucesso daquelas equipas na Europa. O mesmo se passa na Holanda, Ucrânia, Alemanha, Itália e França, por exemplo.

    Tirando a campanha extraordinária do AFC Ajax e as consistentes participações dos bávaros, é raro ver uma equipa dos países citados anteriormente em fases avançadas e decisivas da prova milionária.

    No caso da Espanha, onde o campeonato se decide a dois ou três, é comum ver uma equipa na final da Liga Europa ou dos Campeões e não é fruto do acaso. Um campeonato mais exigente depende de um nível competitivo elevado e levará a níveis aceitáveis de sucesso europeu.

    Foto de Capa: SL Benfica

    Artigo revisto por Joana Mendes

     

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    Diogo Pires Gonçalves
    Diogo Pires Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.