FC Porto B 1-1 SL Benfica B: Batalha campal num clássico de emoção

A CRÓNICA: RELVADO AO NÍVEL DO CLÁSSICO: CAÓTICO

A jornada 17 ditou o grande clássico de equipas B. À entrada desta jornada, ambas as equipas apresentavam-se em momentos distintos, não obstante vinham ambas de confrontos diante adversários da cimeira da tabela. Era, no entanto, o Benfica B que vinha com maior moral. Depois de um empate (2-2) diante a prepotente Académica OAF, a «turma» de Veríssimo estava ávida de voltar a conquistar os 3 pontos, enquanto o FC Porto B pretendia largar os últimos lugares da tabela depois de uma derrota por 2-0 diante o Feirense. Nota para as ausências dos indiscutíveis Francisco Conceição do lado portista e Svillar do lado encarnado, ao passo que ambos os jogadores foram convocados para as respetivas equipas principais.

Os primeiros 20 minutos da partida ditaram um rumo caótico e algo confuso, com muitos duelos e alguma falta de discernimento no último terço, ao passo que as condições do relvado contribuiu exatamente para isso. Ainda assim, as ideias para o jogo levadas por ambos o treinadores ficaram bem explícitas, com o FC Porto B a insistir na profundidade de Gonçalo Borges/Namaso e o SL Benfica B a procurar explorar numa organização ofensiva paciente, o espaço entre linhas deixado descoberto pelos azuis e brancos. Ora, o jogo não estava para um grande espetáculo e somente através de transições rápidas e bolas paradas as equipas conseguiam fazer frente aos respetivos oponentes. A principal oportunidade acabou na cabeça de João Marcelo que atirou ao poste após cruzamento de Diogo Bessa.

À saída dos balneários, o sentido ataque de ambas as equipas incrementou, contudo a imprecisão na definição e no último passe persistiu. Apesar da promessa no príncipio, a toada foi a mesma e somente com bolas paradas parecia existir as maiores oportunidades flagrantes. Perto do minuto 70 foi Rodrigo Conceição após um canto, numa ação individual que quase introduziu pela primeira vez a bola na baliza encarnada. Novamente o FC Porto B por cima, foi através de nova bola parada que João Marcelo quase abriu o marcador com uma cabeçada contundente à barra. A sorte não parecia cair aos dragões e mais especificamente a João Marcelo, que depois de duas bolas à barra, fez o penalty que colocaria o SL Benfica B em vantagem. Ora deste lance surtiu ainda a expulsão do guarda-redes Ricardo Silva, que deixaria o FC Porto B reduzido a 10 elementos.

Apesar disso, e recheado de improbabilidade, o FC Porto B conseguiu mesmo chegar ao empate perto do apito final, depois de, adivinhe-se, uma bola parada, onde após vários ressaltos, a bola teleguiou-se para Mor N’Diaye. Estava feito o empate e a festa azul e branca soltou-se após uma série de azares no desenrolar da partida. Nem uma nem outra equipa desataram o nulo, ao passo que a equipa secundária azul e branca continua sem vencer desde novembro, sendo que do outro lado, os encarnados ainda não sentiram o «sabor» da derrota em 2021.

A FIGURA

Mor N’Diaye – Foi peça chave na segurança do meio campo azul e branco e conseguiu por várias vezes travar a transição rápida benfiquista. Para além disso, marcou o golo do empate já perto do final segurando um ponto precioso na campanha do FC Porto B na segunda liga.

O FORA DE JOGO

Condições do relvado – Um jogo que prometia ser um belo espetáculo acabou travado pelas próprias condições do relvado. Seja ataques promissores ou jogadas de simples ação, o relvado acabou por destruir e incrementar a queda dos atletas, de ambos os lados.

 

ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO B

A equipa comandada por Rui Barros alinhou num 4-3-3 clássico, deslocando Gómez para o lado esquerdo do campo e compactando um meio campo a três, travando o maior entrosamento de Paulo Bernardo entre a linha do meio campo e ataque. A premissa de ataque azul e branco passava pela exploração da capacidade atlética de Namaso e Gonçalo Borges, sendo ambos as principais dores de cabeça da linha defensiva encarnada. 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Ricardo Silva (6)

João Marcelo (6)

Gonçalo Brandão (6)

Diogo Bessa (6)

Rodrigo Conceição (7)

Mor N’Diaye (8)

Tiago Matos (5)

Johan Gómez (5)

Gonçalo Borges (5)

Rodrigo Valente (6)

Namaso (5)

SUBS UTILIZADOS

Boateng (7)

Igor Cássio (-)

Ivan Cardoso (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA B

A equipa liderada por Nélson Veríssimo apresentou-se num 4-2-1-3, encostando Tiago Gouveia e Gerson Sousa às extremidades do campo, oferecendo espaço para o primoroso Paulo Bernardo atuar entre o avançado e os médios centro (Vukotic e Diogo Mendes), sendo este o principal foco para desequilibrar os azuis e brancos em jogo posicional ofensivo. Defensivamente a «turma» benfiquista juntava-se num meio campo a 4 e tentava travar o maior ímpeto portista que arrecadava de forma consecutiva as “segundas bolas”. 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Carlos Santos (6)

Pedro Ganchas (6)

Morato (6)

Tomás Araújo (5)

Fábio Baptista (4)

Illija Vukotic (6)

Diogo Mendes (6)

Gerson Sousa (6)

Tiago Gouveia (6)

Paulo Bernardo (7)

Henrique Araújo (4)

SUBS UTILIZADOS

Pereira (6)

Duk (6)

Zé Gomes (-)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

FC PORTO B

Bola na Rede: Mister, dado às adversidades que sentiu após o penalty e ao estar a jogar com menos um, considera que é um jogo moralizante?

Rui Barros: Tudo o que é ponto é bom. A classificativa não é a melhor, estávamos mesmo convencidos que íamos ganhar este jogo, esta equipa mentalizou-se disso, mas é um ponto, dá alguma moral, principalmente no último minuto. Pode ser que este golo dê-nos uma nova vida.

SL Benfica B

Bola na Rede: Mister, considera o resultado injusto e acha que as condicionantes do relvado prejudicou o espaço de ação dos seus criativos, tal como por exemplo Paulo Bernardo.

Nelson Veríssimo: A justiça do jogo está no resultado. É verdade que as condições do relvado não foram benéficas, não só para o Bernardo como para os restantes jogadores em campo e isso acabou por condicionar o jogo predileto do Benfica. Nós na segunda parte julgo que conseguimos equilibrar o jogo e a história do jogo resume-se a isso (ao equilíbrio).

Diogo Silva
Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.

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