Goleadores do Campeonato Português

    No futebol há poucas coisas melhor do que um golo. Para o adepto, para a equipa ou para quem marca, o golo em si proporciona momentos únicos e emoções inesquecíveis.

    Graças a uma fotografia partilhada no Instagram oficial da Liga Portugal recuámos até à época de 1995/96 e fazemos assim um perfil aos melhores marcadores de cada temporada.

    Há 24 anos o FC Porto foi campeão com Bobby Robson no comando técnico. Os portistas fizeram 84 pontos (mais onze do que o segundo classificado, o SL Benfica), perderam apenas duas vezes (frente ao Marítimo) e no total marcaram 84 golos. Em média, foram 2,5 golos por jogo e Domingos Paciência (agora treinador) foi quem mais contribui para esse registo: nessa época, Domingos fez 25 golos e ficou à frente João Vieira Pinto (18 golos) e de Edinho (15 golos). Até aos dias de hoje, esta foi uma das únicas vezes em que um português foi o melhor marcador do campeonato.

    Um ano depois (1996) chegou a Portugal o homem golo. Durante quatro anos consecutivos, o disco girou e tocou sempre o mesmo: o samba de Super Mário Jardel. O brasileiro chegara ao nosso campeonato depois de ter ganho e de ter sido o melhor marcador da Copa Libertadores da América de 1995.

    De dragão ao peito, Jardel veio elevar os registos no futebol português. No seu primeiro ano marcou 30 golos e levou o Porto a ser tricampeão (ficou à frente de Jimmy Hasselbaink, 20 golos, e Gaúcho, que jogava no Estrela da Amadora e faturou 16 vezes). Os portistas, comandados por António Oliveira, marcaram 80 golos e terminaram 13 pontos de avanço. Um ano depois, o Porto fez algo que só o Sporting CP tinha feito: o tetracampeonato. Super Mário fez 26 golos (mais 8 do que Nuno Gomes e mais 10 do que Kwame Ayew). Os azuis e brancos marcarem 75 vezes nessa edição do campeonato e terminaram com nove pontos de avanço.

    A época de 98/99 veio para ficar na história do futebol em Portugal: “todo o mundo tenta, mas só o Porto é penta”. Os 36 golos do brasileiro, que nesse ano marcou mais do que toda a gente na Europa e ganhou a Bota de Ouro, levaram os homens de Fernando Santos a conquistar o único pentacampeonato de sempre. Com 79 pontos e 85 golos marcados, os nortenhos acabaram o campeonato com 8 pontos de vantagem de outro clube nortenho, o Boavista FC. Atrás de Jardel: Nuno Gomes (24 golos) e Demétrius (16), antigo jogador do Campomaiorense. Em 1999/2000 o campeão mudou, mas Jardel continuou a olhar para baixo na lista de melhores marcadores. No ano em que o Sporting matou o jejum de 18 anos, o seu melhor marcador (Beto Acosta) faturou 22 vezes, mas ainda assim ficou atrás de Super Mário, que tinha marcado 38 golos. Por coincidência, no ano em que Jardel marcou mais golos de dragão ao peito não foi campeão.

    Jardel rumou ao Galatasaray (Turquia) mas em Portugal os golos continuaram a sambar. A época de 2000/2001 veio também ficar na história do futebol em Portugal: 55 anos depois havia um campeão que não pertencia aos três grandes, o Boavista FC. Com apenas um ponto de vantagem em relação ao segundo classificado (Porto), os boavisteiros conseguiram ser superiores aos 22 golos de Pena, foram a melhor defesa da liga e conseguiram mesmo ser campeões.

    Jardel deixou saudades. Esteve apenas um ano fora e voltou para Portugal. Desta feita, para vestir de verde e para ter um leão na camisola. Aliás, a época de 2001/2002 foi mesmo a época em que Super Mário mais faturou: 42 golos. Se o brasileiro já tinha feito história pelo Porto, os registos tornaram-se icónico quando este jogou pelo Sporting. Os “leões” foram campeões e bem podem agradecer ao mítico avançado e ao seu “pai”, João Vieira Pinto. O português deixou o Benfica e chegou ao Sporting para assistir Super Mário: que dupla! Porque será? Viemos a saber que a culpa era do Guaraná.

    Jardel saiu de Portugal e os golos parece que acabaram. Em 02/03, Portugal ficou a conhecer o incrível génio de José Mourinho, que fez 86 pontos e levou novamente os festejos à Invicta. O melhor marcador? Os! O topo da lista de melhores marcadores ficou partilhado por Fary e Simão Saborosa: ambos marcaram 18 golos.

    Um ano depois, Mourinho continuou a deixar magia no campeonato português. E desta vez o melhor marcador era portista: Benni McCarthy. O sul africano fez 20 golos (o Porto 63) e ficou à frente de Adriano e de Liedson.

    Em 2004/2005 foi o “Levezinho” quem mais marcou. Liedson marcou 25 golos no ano em que o Benfica beneficiou de muita polémica: o jogo contra o Estoril no Algarve, o golo (e a falta) na Luz contra o Sporting,… Onze anos depois, e com Giovanni Trapattoni como treinador, os encarnados mataram o jejum e voltaram ao Marquês.

    Na época seguinte, o Porto foi campeão apenas com 16 golos sofridos e o melhor marcador jogava no clube que acabou a temporada em décimo quinto: Meyong Zé, um icónico do nosso futebol. Com 17 golos, o jogador do CF “Os Belenenses” foi a salvação da equipa do Restelo, que não desceu por apenas 5 pontos.

    Em 06/07 o “31” voltou a ser o melhor marcador. Liedson faturou 15 vezes e o Porto foi campeão com um ponto de vantagem do Sporting: bicampeonato para a Invicta.

    No ano seguinte, Lisandro Lopéz contribui para o tricampeonato do Porto e ao todo marcou 24 golos. Estava de volta o poderia portista em Portugal.

    08/09 e uma (grande!) surpresa: Nenê, avançado brasileiro, marcou 20 golos no campeonato e foi o melhor marcador no ano em que o Porto foi tetra. O clube do avançado? Nacional da Madeira.

    Um ano volvido e o Benfica voltou a ser glorioso.  Os títulos voltaram à Luz e Jorge Jesus veio para a ribalta do futebol português. Apoiado por um futebol de alta intensidade, Cardozo faturou 26 vezes e foi quem mais marcou em Portugal.

    A temporada 2010/2011 veio e ficou para a história: o Futebol Clube do Porto, comando por André Vilas Boas, foi campeão sem qualquer derrota. Com um plantel luxuoso (Hulk, James, Falcão,…), foi o ‘monstro’ brasileiro quem ganhou o troféu de melhor marcador: Hulk marcou 23 golos.

    No ano seguinte, mas já com Vítor Pereira no comando técnico, o Porto esteve perto de fazer o mesmo. Porém, uma derrota em Barcelos frente ao Gil Vicente FC fez com que o número 1 aparecesse na lista de derrotas portistas. Nesse ano, voltou a haver um empate na lista de melhores marcadores: Cardozo (Benfica) e Lima (Braga) marcaram 20 golos.

    Fonte: SL Benfica
    Será o suíço capaz de voltar a ser o melhor marcador?

    2012/2013: Kelvin aos 92 minutos. Está tudo dito em relação a esse campeonato. O melhor marcador? Jackson Martínez com 26 golos.

    Um ano depois, o país voltou a ser vermelho. O Benfica foi campeão, mas o avançado colombiano voltou a ser o melhor marcador. Desta feita, com apenas 20 golos.

    O Benfica foi bicampeão, mas voltou a não ter o homem mais goleador. Aliás, esse homem voltou a ser o mesmo: Jackson Martínez. Nesse ano, marcou 21 vezes.

    Em 2015/2016, o campeonato foi fácil de descrever: 86 pontos, Bryan Ruiz – Benfica tetracampeão. Jonas marcou 32 golos e foi o melhor marcador.

    No ano seguinte foi feita história no Benfica: o primeira tetra de sempre. Bas Dost foi quem mais marcou e faturou 34 vezes.

    Um ano depois, foi Sérgio Conceição quem impediu o penta encarnado: 88 pontos e o Porto campeão. Jonas fez os mesmo golos do que Bas Dost na época transata (34) e voltou a ser o melhor marcador.

    Nesta época, Bruno Lage fez o Benfica campeão e contou com os 23 golos de Haris Seferović: homem com mais golos em Portugal.

    Foto de Capa: Liga Portugal

     

     

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    Guilherme Anastácio
    Guilherme Anastáciohttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social e tem o sonho de ser um jornalista de eleição. O Sporting Clube de de Portugal é uma das maiores paixões que Guilherme tem, porém, é ao mote do lema da moda “Support your local team”que acompanha a equipa do Estoril-Praia. Sendo natural de Cascais, desde pequeno que apoia a equipa da linha e que é presença assídua no António Coimbra da Mota.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.