Portugal é um caso sério ao nível das ‘chicotas’. Esta época apenas cinco clubes não trocaram de treinador – Benfica, Sporting, FC Porto, Vitória de Setúbal e Vitória de Guimarães. No total já houve 17 mexidas. Mas com que propósito?
No top dos campeonatos europeus nenhum nos chega aos calcanhares, nessas ligas onde brilham técnicos com o selo português – esse selo que nós tanto gabamos, cá dentro, mas cujo número de despedimentos mostra que se trata de um selo em que não confiamos.
Vemos o Sporting e o Sporting de Braga, dois gigantes do futebol português, que têm na intermitência do lugar de timoneiro das equipas principais de futebol uma das razões pelas quais tem sido difícil assentar e aumentar o nível de competitividade para com os rivais SL Benfica e FC Porto.
Vivemos num período em que se querem resultados imediatos, em que o sucesso e o amor ao emblema de pouco valem. Num desporto que tem sido arrastado pelos milhões, assistimos à queda daqueles que são leais. Os que um dia mereceriam uma estátua à porta do estádio são hoje uma manchete de jornal descartável que será substituída no minuto ou dia seguinte pelo nome que o sucede no banco de suplentes da equipa de onde saiu.
Até onde vai isto chegar?
Foto de Capa: Moreirense FC