Leixões SC 2-2 CD Nacional: Empate no Mar em jogo de nervos

Cabeçalho Futebol NacionalA cidade de Matosinhos recebeu o encontro correspondente à décima sétima jornada da segunda liga do futebol que opôs a equipa do Leixões Sport Clube e do Clube Desportivo Nacional. Façamos, antes de passar à análise deste jogo, uma breve panorâmica sobre a posição destas equipas na segunda liga: a equipa de Matosinhos ocupava, antes da partida, a quinta posição com 26 pontos, lugar partilhado com o Santa Clara, enquanto que os alvinegros ocupavam, juntamente com a equipa nortenha do Penafiel, o oitavo posto com 24 pontos.

Ambas as equipas atuaram num sistema de 4x3x3, com um pivô defensivo de cada lado no setor médio do terreno de jogo: Stephen do lado do Leixões e Christian do lado do Nacional da Madeira. A equipa da casa entrou em jogo com mais garra do que o CD Nacional e vontade de dizer ao que veio logo de início: nos minutos iniciais, Bruno Lamas rematou fora da área com o chuto perigoso que arrancou os primeiros aplausos das bancadas do Estádio do Mar. De facto, Bruno Lamas revelou-se, ao longo da partida, um jogador dotado de qualidades técnicas e táticas neste Leixões orientado por João Henriques. Sempre muito importante na manobra ofensiva da equipa da casa, portador de um pé-esquerdo muito subtil, com boa leitura de jogo nos momentos ofensivos. A sua exibição foi coroada com um golo na segunda parte, por grande penalidade, desfazendo a igualdade a uma bola que se verificava até aí.

Do lado do Nacional, Christian tentou neutralizar várias vezes as incursões de Lamas na grande-área do Nacional. Por vezes, foi bem sucedido. Outras vezes a inteligência do centro campista leixonense sobrepôs-se ao jogo físico e agressivo de Christian, sempre muito bem também durante a primeira parte nos alvinegros. O tridente do meio campo leixonense, constituído por Stephen, Luís Silva e Bruno Lamas deu cartas neste jogo: era a principal engrenagem deste Leixões, bastante coordenado e sincronizado com os momentos defensivos e ofensivos da equipa.

Ainda do lado da equipa de Matosinhos, os extremos Evandro e Belima estiveram em bom plano. Com Belima a iniciar no lado direito e Evandro do lado esquerdo do ataque dos lobos do mar, acabariam por trocar de posições a meio da primeira parte e voltaram aos seus lugares de origem nos minutos finais dos primeiros 45 minutos.

A toada ofensiva do Leixões traduziu-se no primeiro golo da partida, ao minuto 11. Remate cruzado do extremo leixonense Belima do lado direito do ataque da equipa de Matosinhos. O guardião alvinegro Daniel não teve qualquer hipótese de defesa. Estava desfeito o nulo em Matosinhos. A equipa de Costinha respondeu logo ao minuto 14, num remate direto por parte de Diego à entrada da área, mas para defesa fácil do guarda-redes do Leixões André Ferreira. Diego foi, aliás, do lado do Nacional, o mais inconformado da formação madeirense ao longo do jogo, sempre muito móvel na zona ofensiva dos alvinegros. Mas a sua flexividade foi sempre incapaz de resgatar a sua equipa da anomia em que se encontrou durante praticamente toda a partida, à exceção dos momentos finais do encontro onde os madeirenses apareceram várias vezes na baliza leixonense com perigo.

A segunda parte iniciou-se tal como a primeira: o Leixões assumiu as principais despesas do jogo e o Nacional ia fazendo o que podia. As oportunidades sucederam-se para a equipa de Matosinhos e o jogo disputou-se, sobretudo, no meio-campo defensivo da equipa madeirense. A equipa do Leixões sentiu-se sempre mais relaxada no jogo. Construiu um futebol direto, explorando o contra-ataque, ao passo que o Nacional privilegiou um jogo de posse e circulação. Mas a a circulação foi sempre muito lenta, a engrenagem estava algo perra e isso facilitou a neutralização das suas pretensões ofensivas por parte da equipa do Leixões.

Fonte: Leixões SC
Fonte: Leixões SC

Costinha sentiu (e bem) que tinha que fazer qualquer coisa na sua equipa. Ao minuto 64 saiu Jota e entrou Murilo, numa aposta claramente ofensiva. O Nacional viu-se a partir daqui por cima na partida e o Leixões mostrou-se abatido em campo, não parecendo o mesmo. A equipa do Nacional ameaçou, por várias vezes, a baliza leixonense. E de tantas vezes o cântaro vai à Fonte que ao minuto 71 acontece aquilo que todos já esperavam: o golo do Nacional da Madeira por Camacho, com a participação do recém-entrado Murilo. Estava feita a igualdade no marcador.

O golo deu, de facto, outro alento ao Nacional que se sobrepunha minuto a minuto à equipa do Leixões. Mas ao minuto 75, Bruno Lamas cobrou uma grande penalidade, rematando para o lado contrário do guarda-redes e desfazendo a igualdade que se verificava até aí. Mas ao minuto 85 caiu um enorme balde de água fria no Estádio do Mar: Vítor Gonçalves marca, de forma irrepreensível um livre à entrada da área, sem hipóteses para André Ferreira. Estava feita a igualdade a duas bolas com que iria fechar a partida, num jogo de nervos, impasses e incertezas sobre o resultado final.

Simão Mata
Simão Matahttp://www.bolanarede.pt
O Simão é psicólogo de profissão mas isso para aqui não importa nada. O que interessa é que vibra com as vitórias do Sporting Clube de Portugal e sofre perante as derrotas do seu clube. É um Sportinguista do Norte, mais concretamente da Maia, terra que o viu nascer e na qual habita. Considera que os clubes desportivos não estão nos estádios nem nos pavilhões, mas no palpitar frenético do coração dos adeptos e sócios.                                                                                                                                                 O Simão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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