A procissão da Segunda Liga ainda vai no adro, mas o tempo das decisões é agora e o CD Feirense juntou-se à festa dos candidatos à subida. Os homens de Santa Maria da Feira ocupam o 3º lugar do campeonato atrás de SC Farense e CD Nacional da Madeira e almejam lutar até ao fim pelo regresso à Primeira Liga.
O Feirense vem de 11 jogos sem perder e de seis vitórias consecutivas, o que faz os homens da Feira sonhar com a subida de divisão, apenas um ano após terem caído do convívio com os grandes do futebol português. Impensável após o primeiro terço do campeonato, a verdade é que a equipa aveirense solidificou o seu jogo e adquiriu uma maturidade que é estritamente necessária a uma equipa que almeja alcançar um dos dois lugares que dão acesso ao escalão máximo do nosso futebol.
Porém, nem tudo foram rosas na época fogaceira. O campeonato não arrancou da melhor forma, com uma contestação crescente não só à equipa como também à direção. Os resultados são a lei do futebol. Quando não ganhas, tudo está mal.
Filipe Martins iniciou a temporada do Feirense nesta Segunda Liga. O clube deu assim continuidade no comando técnico já que Filipe Martins já orientou os últimos jogos do Feirense na Primeira Liga, com a equipa praticamente despromovida. Porém, as coisas não começaram bem. A inconsistência a nível de exibições aliada a resultados não condizentes com o valor dos jogadores fizeram Filipe Martins deixar o cargo, sendo sucedido por Filipe Rocha.
Recorde-se que o treinador de 47 anos começou a época na Primeira Liga, ao serviço do FC Paços de Ferreira, mas também a ele as coisas não vinham correndo de feição, optando assim pelo seu regresso à Segunda Liga, onde na última época fez um trabalho brilhante no SC Covilhã. Com Filipe Rocha o Feirense cresceu jornada após jornada conseguindo amealhar pontos e, paulatinamente, uma ideia de jogo pragmática, realçando a qualidade individual de alguns dos seus jogadores juntando-a a um coletivo cada vez mais forte. Estes onze jogos sem perder não são obra do acaso.
Para o bom momento que o Feirense atravessa muito contribuiu o mercado de janeiro, que trouxe algumas boas valias ao clube. Apesar das saídas de Kwame Nsor para o Cova da Piedade e de Alampasu para o Ventspils, as chegadas de Pedro Henrique e João Amorim, um para o ataque e o outro para a defesa, contribuíram e muito para o crescendo de forma da equipa pois as suas características vão muito de encontro àquilo que pretende Filipe Rocha.
Com a qualidade superlativa de Feliz Vaz e a experiência de Fábio Espinho, o Feirense construiu um núcleo experiente de jogadores, vários deles rodados na Primeira Liga ou habituados a ganhar muitas vezes na Segunda Liga. É fundamenta haver uma mentalidade e uma rotina vencedoras numa equipa que pretende subir de divisão.
🔊 Uma vitória com dois capítulos: o instinto de um MATADOR (Pedro Henrique 🤞🏾👊🏾) e a CLASSE de dois senhores (Feliz ⚽💥 e Fábio Espinho 👑)#MaisDoQue11 #SouFeirense #ForçaBillas pic.twitter.com/lSSHUd8zDZ
— CD Feirense – Futebol, SAD (@cdfeirensesad) February 3, 2020
Há muitos pontos por disputar mas as intenções dos clubes estão mais do que anunciadas. Num campeonato que prima pela competitividade e pelo equilíbrio, a guerra dos pontos promete ser cada vez mais apertada quer para quem quer subir de divisão, quer para quem tenta a manutenção. O CD Feirense já tem estofo de candidato. Terá estofo para regressar de imediato ao principal escalão? Uma coisa é certa: boas fogaças só há numa zona do país.