Afinal eu tinha mesmo razão. Dia seis de outubro de 2018 saía um artigo meu sobre o facto de achar que o SC Braga ainda não é um sério candidato ao título.
Parece que a fervura acabou mesmo por arrefecer e o clube minhoto, para além de estar arredado da luta pelo campeonato há muito, está também sentenciado a ficar na 4.ª posição da tabela classificativa. Em relação às Taças, dois dos principais objetivos do clube, o desfecho também não foi o mais risonho.
Principalmente no da Taça da Liga que era claramente uma grande aposta de António Salvador, nomeadamente a do seu clube vencer a competição em sua própria casa. Mas a verdade é que o Braga caiu muito de forma desde aí. Claramente era a grande aposta para esta época e tal investimento não surtiu efeitos.
A falta de consistência do clube minhoto é uma realidade inegável se olharmos para toda a segunda volta do campeonato. Em 16 jogos, o Braga ganhou nove combates, empatou um e perdeu seis. Um clube que tem aspirações de vencer um campeonato não pode se dar ao luxo de perder 29 pontos numa só metade da temporada. Mas o cenário negativo não fica por aqui.
Para além de as contas do título já não serem uma realidade, a luta pelo terceiro lugar contra o Sporting CP também já não o é. Quando comparados a nível de pontos na segunda ronda, o clube de Alvalade leva clara vantagem. No mesmo número de jogos, os “leões” perderam apenas nove pontos para o campeonato. Ou seja, uma diferença de 20 pontos perante os arsenalistas.
Com isto não quero descredibilizar o Braga com a prestação desta temporada. Não fico deslumbrada, mas a verdade é que também não critico. Apesar de até já ser considerado um dos quatro grandes em Portugal, o orçamento da sua equipa continua bastante inferior a SL Benfica, FC Porto e Sporting CP. E, quer queiramos, quer não, isso vai sempre refletir-se dentro de campo. Como tal, exigir que se faça mais do que isto é extremamente injusto para um projeto que fora dos grandes é, sem dúvida, o mais consistente em Portugal.
Foto de Capa: SC Braga