SC Covilhã 2-1 FC Porto B: Índio da Serra domina dragões

    CONFERÊNCIA BnR:

    FC Porto B

    BnR: O FC Porto entrou forte e dominador nesta segunda parte, mas tudo se alterou quando o Covilhã reforçou o meio-campo com a entrada de Djikine. Acha que isto afectou o jogo da sua equipa?

    António Folha: Sabíamos que, com a entrada do jogador fresco e rápido, podíamos ter algumas dificuldades. O que é certo é que estávamos num período de controlo de jogo e de poder virar o jogo a nosso favor. Se me lembro, não foi por saídas ou entradas do meio-campo adversário para a nossa baliza que tivemos muitos problemas, porque conseguimos sempre tapar o caminho nessas transições. Foi sim em lances de perda de bola que sofremos os dois golos. Estou muito contente com a prestação dos nossos jovens e penso que eles conseguiram sempre tapar qualquer alteração; não foi por aí.

    BnR: Durante a primeira parte, a bola passou bastante pelo Diogo Dalot e na segunda o foco foi o Fede Varela. Acredita que o cansaço que se tem apoderado de Dalot, por causa dos jogos que tem feito também pela Youth League?

    António Folha: Interessante. O futebol é bonito e é bonito também porque há várias opiniões. Ainda há pouco fui questionado sobre o facto do Dalot ter tido pouca bola e agora, de facto, o Dalot teve alguma intervenção, por isso é apaixonante a visão e os olhos só vêem aquilo que sabem e não aquilo que querem. Eu costumo dizer que os olhos das pessoas e os meus olhos veem aquilo que sabem. Tenho a certeza que há muita gente que queria ver muito mais e não conseguem, só veem aquilo que sabem, por isso os meus viram uma coisa, alterámos e ajustámos. Em relação ao cansaço, digo-lhe que ele tem feito tantos jogos como um jovem de 19 anos poderia fazer. Ele já jogou pela equipa principal, equipa B e pelos juniores. O Dalot pode estar na iminência de jogar numa liga inglesa e jogar de três em três duas, não é por aí. Ele fez uma segunda parte de vai e vem constante, e senti-o bem.

    SC Covilhã

    BnR: Considera a mudança de estádio, do Complexo Desportivo para o Estádio Santos Pinto, positiva para a sua equipa? Notou diferenças a nível de adesão das pessoas?

    José Augusto: A bancada atrás de mim estava completamente cheia. Aquilo contagia e eu sei, por experiência própria, que os resultados é que trazem pessoas ao estádio. Eu gosto deste espaço, gosto de estar aqui, gosto deste campo, os jogadores também gostam de se sentir mais perto dos adeptos e isto é a essência do futebol.

    Acredita que é positivo haver essa competição dentro da própria equipa que acabou de falar?

    José Augusto: Acredito piamente. Se queres ser competitivo lá fora, essa competição tem que começar cá dentro, e é aí que a gente cresce, no treino, para depois na competição correspondermos.

    E por curiosidade, a sua competição é com quem? Consigo próprio? É um objectivo pessoal chegar sempre mais longe?

    José Augusto: Sim. Eu vivo muito no dia-a-dia e tenho princípios bem marcados na minha vida. Sou um homem de grande fé e sei que as coisas não acontecem por acaso. Mas não compito com ninguém, dou sempre o meu melhor.

    Artigo de Marta Reis e  Rui Pedro Cipriano

    Foto de Capa: Bola na Rede

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