Vitória FC 1-1 Real SC: Jogo equilibrado é sinónimo de empate no Bonfim

    A CRÓNICA:  EMPATE ENTRE DUAS EQUIPAS DOS LUGARES CIMEIROS DA LIGA 3

    No Estádio dos Bonfim, o Vitória FC recebeu o Real SC, duelo este a contar para a 17º jornada da Liga 3. O último confronto entre as duas equipas realizou-se ainda em outubro de 2021, duelo este onde o Real SC saiu vencedor por 2-1.

    De notar que o Vitória FC, comandado por Vasco Silva, vinha de uma derrota frente ao UD Santarém, por 4-1. Já o Real SC, de Luís Loureiro, também provinha de uma derrota na passada jornada, ao perder por 2-1 contra o SC Torreense.

    Na primeira parte, o Vitória FC, mostrava-se literalmente como a equipa da casa: detinha a gestão da posse de bola e ditava o ritmo de jogo. Por outro lado, o Real SC mostrava-se algo apático, não conseguiam sair em transições rápidas – os contra-ataques aos quais nos habituaram não surgiam, mérito dado ao meio-campo e defesa da equipa da casa. Aos 20 minutos de jogo, o experiente lateral-esquerdo da equipa sadina, Nuno Pinto, avança no flanco esquerdo, faz um cruzamento tenso para o miolo da área, onde aparece Rodrigo Mathiola para cabecear e inaugurar o marcador. Os sadinos demonstravam assim, através do resultado, o domínio do jogo que exerciam até então.

    Ultrapassada a primeira meia-hora de jogo, o Real SC começa a ter mais iniciativa no encontro, desenvolvendo potenciais lances de golo contra a baliza do Vitória FC que, até ao momento, não tinha estado em perigo. De salientar o grande lance de Fábio Pala, aos 40 minutos, que fez o que quis da defesa sadina, concluindo com um remate que foi de encontro à barra da baliza.

    Na segunda parte, logo aos 50 minutos, Bruno Almeida, numa falta “infantil” dentro da grande área, comete grande penalidade a favor da equipa visitante. Gustavo Moura é chamado á conversão e não desperdiça: o Real SC reentrava novamente na discussão pela vitória.

    Ao contrário do que aconteceu na primeira parte, nos segundos 45 minutos o jogo encontrava-se extremamente equilibrado entre os dois adversários: a equipa visitante causava perigo mediante transições rápidas de contra-ataque, enquanto a equipa da casa tentava ter o controle de jogo que exercera nos primeiros 45 minutos.

    Com a expulsão do capitão sadino, Nuno Pinto, no último quarto de hora, o Vitória FC continuo a lutar pelo resultado mesmo com menos um jogador em campo. Por outras vias, o Real SC com um homem a mais, insistia de igual forma no golo que dava os três pontos, porém, não conseguia gerar oportunidades de golo.

    Tudo empatado no Estádio do Bonfim: Vitória FC e Real SC proporcionaram aos adeptos um jogo equilibrado e bem disputado, algo que já se esperava de duas equipas que se situam nos lugares cimeiros da Liga 3.

     

    A FIGURA

    Horácio Jau – A sua entrada mudou completamente o rumo do jogo. Trouxe à sua equipa uma estabilidade no meio-campo, algo que o Real SC não estava a conseguir ter na primeira parte do jogo.

     

    O FORA DE JOGO

    Bruno Almeida – A entrada que teve sobre o atacante do Real SC, que resultou numa grande penalidade, fez com que a equipa visitante reentrasse na discussão pelo resultado. Este lance que provocou, influenciou, de forma negativa, o resultado final do jogo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – VITÓRIA FC

    Vasco Sousa apostou num sistema de 4x3x3 com o intuito de ter o controle da posse bola. Com o golo faturado logo aos 20 minutos do encontro, o Vitória FC acomodou-se ligeiramente com o resultado, fazendo com que perdesse o controle do jogo que exercera na primeira parte. A entrada de jogadores como Zequinha e Daniel Carvalho proporcionou um maior critério à equipa na frente de ataque.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Josué Duverger (8)

    Mano (6)

    Diogo Martins (6)

    Bruno Almeida (6)

    Miguel Lourenço (6)

    Nuno Pinto (5)

    Murilo Rosa (6)

    André Pedrosa (6)

    Rodrigo Mathiola (7)

    José Varela (7)

    Fréderic Mendy (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Robson (6)

    Zequinha (7)

    Daniel Carvalho (6)

    Rodrigo Pereira (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – REAL SC

    A equipa comandada por Luís Loureiro entrou com um sistema de 3x5x2, com Amadú Baldé a aparecer como terceiro médio de ligação à dupla de ataque composta por Gustavo Moura e Ballack. O estilo de jogo baseou-se muito nas transições ofensivas, que não se concretizavam devido ao bom controle defensivo da equipa adversária. Com a saída do médio de ligação Amadú Baldé, e com entrada de Horácio Jau, a equipa ganhou mais estabilidade no meio-campo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    João Godinho (6)

    Clayton Sampaio (7)

    Hugo Ventosa (6)

    Paulinho (6)

    Fábio Pala (8)

    Mika Borges (6)

    Tiago Morgado (7)

    Rodrigo Moitas (6)

    Amadu Baldé (5)

    Ballack (7)

    Gustavo Moura (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Horácio Jau (8)

    Wilson Kenidy (6)

    Marcos Barbeiro (6)

    Júnior Sena (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Vitória FC

    BnR: Boa tarde, mister. Zequinha entrou e praticamente exerceu a função de homem-alvo na frente de ataque. Daniel Carvalho entrou e trabalhou enquanto médio de ligação.  Com estas entradas, pretendia dar mais critério e definição à equipa na frente de ataque?

    Vasco Sousa: Leu bem o jogo. O Mendy também dava essa qualidade na frente de ataque, mas com a entrada do Zequinha enquanto homem-alvo queríamos priorizar esse critério na frente. O Daniel Carvalho, ao cair para as alas, estabelecia uma ligação de qualidade no último terço.

     

    Real SC

    BnR: Não foi possível efetuar pergunta ao treinador Luís Loureiro.

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    Felipe Ribeiro
    Felipe Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
    O Felipe é um jovem que estuda Jornalismo na Escola Superior Comunicação Social. Gosta sempre de dar a sua opinião quando de futebol se trata, atentando sempre para os mínimos detalhes que acontecem dentro de campo. É devoto do Porto, daqueles que conta os dias que faltam para o jogo. Vê o futebol como um livro recheado de particularidades únicas, onde várias opiniões diferentes compõem a história.                                                                                                                                                 O Felipe escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.