Fui, desde o início da ideia, contra a criação da Liga sub-23.
Quem leu esta primeira linha, saberá, a partir daqui, qual o teor deste artigo, mas vamos por partes e estruturando a ideia de forma eloquente.
Fui contra a criação do Campeonato Nacional de sub-23 pelo simples motivo de não ver, e contínuo sem ver, a sua real necessidade. Tínhamos um modelo de formação muito bem conseguido e que já originou grandes resultados no futebol português, que é a integração das equipas B na Segunda Liga. Felizmente, apenas o Sporting CP decidiu acabar com a sua equipa B para aderir à nova Liga sub-23, mas houve um real perigo de se acabar com este modelo de sucesso para passarmos para um modelo que tem tudo para correr mal.
Dirão os mais otimistas: “lá está ele, só sabe criticar e dizer mal”. Não, não se trata de criticar ou só dizer mal, neste caso. Continuo é sem entender qual foi a necessidade que nos levou à criação desta Liga sub-23. Como diria Ricardo Araújo Pereira: “equipa que ganha não mexe”. Neste caso eu diria: “modelo que dá sucesso não mexe.” É por isto que sou um grande critico desta nova Liga sub-23.
Mas, tudo bem, já que a Federação decidiu mesmo levar esta ideia avante, porque não lhe dar uma oportunidade? Talvez até se venha a revelar uma boa surpresa e um bom complemento entre o escalão de juniores e a equipa B. Pois bem, foi isso que eu fiz, e estive muito atento a estas três primeiras jornadas para tirar os “meus” primeiros apontamentos.
Primeiro que tudo, esta denominada “Liga Revelação2 tem o nome corretíssimo. Consigo ver que, em vários planteis sub-23, muitos agentes desportivos viram nesta liga a oportunidade perfeita de revelar e divulgar os seus jogadores. Só assim se explica o facto de termos algumas equipas que possuem um elevado número de estrangeiros para uma competição que partiu do plano teórico de ser um complemento à formação do jogador português.
Para as pessoas não pensarem que eu estou a falar apenas por falar, vamos aos números e aos factos que estes sustentam.