Rio Ave FC 2-2 AC Milan (8-9 GP): Rossoneri terminam sonho europeu dos vilacondenses

    A CRÓNICA: TÃO PERTO, MAS TÃO LONGE PARA O RIO AVE FC…

    O sonho da Europa chegou a Vila do Conde, com o AC Milan a ser a última do Rio Ave FC no acesso à fase de grupos da Liga Europa. Numa verdadeira eliminatória de David contra Golias, os rossoneri eram, à partida, os completos favoritos à vitória no Estádio dos Arcos.

    A formação italiana quis assim confirmar esse favoritismo logo após o apito inicial, tentando nos primeiros minutos chegar à baliza do Rio Ave de todas as maneiras e feitios, bem como assumindo a maior parte da posse de bola, mas cedo esmoreceu e face a um Rio Ave muito bem organizado, não conseguiu criar reais oportunidades de golo. Os vilacondenses mostraram também muitas dificuldades na manobra ofensiva e não foram capazes de criar perigo de maior à baliza adversária. No fim do primeiro tempo, as equipas regressaram aos balneários com o nulo no marcador.

    No recomeço da partida, o Milan voltou a entrar bem no jogo e chegou ao golo à passagem do minuto 50, por intermédio de Saelemaekers, que aproveitou um ressalto à entrada da área após um canto, para abrir o marcador a favor dos italianos. Após o tento do jogador belga, os rossoneri ficaram mais confortáveis no encontro e ameaçaram várias vezes o golo, mas foi mesmo o Rio Ave que ao minuto 71 igualou a partida, depois de um grande golo do recém-entrado Francisco Geraldes, que finalizou com grande classe uma das poucas oportunidades de que a formação portuguesa dispôs. Nos últimos 20 minutos da partida o Rio Ave cresceu – e muito -, ganhando um novo fulgor após o golo do empate, estando inclusive muito perto do segundo depois de um remate de Aderlan Santos ao minuto 90, que passou a rasar o poste direito da baliza italiana.

    Com a decisão da eliminatória a ser remetida para o prolongamento, foi Gelson Dala que fez sonhar ainda mais os vilacondenses ao marcar logo no primeiro minuto do tempo extra e a colocar o Rio Ave numa situação privilegiada para avançar na competição. A formação italiana foi apertando o cerco em busca do golo que acabou por surgir após um penálti provocado por Borevković em cima do minuto 120. Çalhanoğlu converteu o castigo máximo em golo e levou a partida para as grandes penalidades.

    Na lotaria o final foi dramático e depois de várias oportunidades para o Rio Ave ser premiado, foram mesmo os italianos a levar a melhor e a vencer o desempate das grandes penalidades por 9-8. Os rossoneri carimbaram assim a passagem à fase de grupos da competição, para desgosto dos vilacondenses.

     

    A FIGURA

    Francisco Geraldes – A entrada do médio foi decisiva na partida ao apontar o tento que manteve viva a esperança Rio Ave FC e levou a partida para prolongamento. Destaque ainda para a excelente entrada de Gelson Dala que apenas em dois minutos após a sua entrada, apontou o golo que quase carimbou a passagem dos vilacondenses.

     

    O FORA DE JOGO

    Toni Borevković – O defesa croata acabou por comprometer as aspirações do Rio Ave FC quando, em cima do minuto 120, cometeu um penálti na grande área vilacondense, levando o jogo para o desempate nas grandes penalidades, numa altura em que se perspetivava o triunfo da equipa de Vila do Conde.

    ANÁLISE TÁTICA – RIO AVE FC

    Mário Silva apostou num dispositivo tático base de 4-2-3-1, com as linhas baixas e compactas, e com uma linha defensiva de cinco homens no momento sem bola, de maneira a tentar travar as iniciativas do AC Milan. Com o decorrer da partida foi-se alterando para um 3-4-3. Os vilacondenses mostraram-se muito bem organizados e, apesar do domínio da posse de bola recair em larga escala para os rossoneri, pouco foi o perigo efetivo que os italianos conseguiram criar junto da baliza defendida por Pieszek, excetuando o momento do golo de Saelemaekers que surgiu de um momento de bola parada. O momento de transição ofensiva foi um dos pontos fracos da equipa lusa até aos últimos 20 minutos do encontro, aquando do golo Francisco Geraldes. Após o tento do empate, a equipa cresceu muito, tanto defensiva como ofensivamente, depois de mexidas importantes efetuadas pelo treinador vilacondense.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Kieszek (7)

    Ivo Pinto (7)

    Borevković (6)

    Aderlan Santos (6)

    Nelson Monte (6)

    Tarantini (6)

    Filipe Augusto (6)

    Lucas Piazón (7)

    Diego Lopes (6)

    Carlos Mané (7)

    Bruno Moreira (5)

    SUBS UTILIZADOS

     Francisco Geraldes (7)

     Jambor (6)

    Gelson Dala (7)

    Gabrielzinho (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – AC MILAN

    Com algumas ausências de peso, entre elas a de Zlatan Ibrahimović, a formação italiana apresentou-se a jogar num sistema base de 4-3-3, com as linhas algo subidas. A fase de construção dos rossoneri baseou-se muito em bolas longas para as os homens da frente, principalmente no primeiro tempo, estratégia que não surtiu grandes resultados quando utilizada, face à organização defensiva apresentada pelos homens do Rio Ave. Na segunda parte os italianos mostraram-se mais assertivos ofensivamente, fruto também de algumas alterações realizadas por Stefano Pioli mas, ainda assim, os transalpinos acomodaram-se na partida e permitiram o crescimento da formação de Vila do Conde.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Donnarumma (6)

    Calabria (6)

    Kjaer (6)

    Gabbia (5)

    Theo Hernández (6)

    Bennacer (7)

    Çalhanoğlu (7)

    Kessié (6)

    Castillejo (6)

    Saelemaekers (7)

    Maldini (5)

    SUBS UTILIZADOS

     Brahim Díaz (6)

    Rafael Leão (6)

    Colombo (-)

    Tonali (-)

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    Pedro Paulo
    Pedro Paulohttp://www.bolanarede.pt
    Licenciado em Comunicação Social, o Pedro procura construir os alicerces de uma futura carreira como jornalista desportivo. Apaixonado por futebol, nunca diz que não a uma boa partida do desporto rei.