AC Milan 0-0 Juventus FC: Um nulo no resultado que não satisfaz as expectativas de ninguém

    A CRÓNICA: EMPATE INCOLOR NO SAN SIRO

    Nesta 23ª jornada do campeonato transalpino, as duas equipas tinham muito a ganhar. O AC Milan reduzir a apenas dois pontos a distância com a direita rival, o FC Internazionale, e a Juventus FC alcançar o quarto lugar da tabela classificativa, que significa Liga dos Campeões. Afinal, nenhum dos dois planteis conseguiU o máximo resultado e o espetáculo em termos de emoções foi escasso.

    A ser honestos, o início do primeiro tempo até fez bem esperar que a partida pudesse ser diferente, visto que o começo foi muito disputado e intenso, com a Juventus FC que tentou logo impor o próprio ritmo, mas foi de facto só uma mera ilusão.  À medida que o tempo passava, a equipa liderada pelo Pioli consegui virar o rumo da partida a seu favor, crescendo na fase ofensiva e na posse da bola, graças sobretudo a uma ótima prestação no meio do campo de Sandro Tonali.

    Mais o Milan crescia no seu ritmo, mais a equipa visitante tentava ser mais cautelosa e conter os ataques ofensivos dos “rossoneri”, que aos 20 minutos por intermédio de Leão, tem uma oportunidade na grande área: o português de pé esquerdo atinge uma bala que Szczesny bloqueia com alguma dificuldade.

    Aos 28 minutos o Milan é forçado a substituir Ibrahimovic por um problema muscular, que até o momento tinha sido de grande ajuda no meio campo na recuperação da bola; no seu lugar entre Giroud.

    Em cima da meia hora chega um tento de Calabria dos 30 metros com um remate esquerdo que passa de pouquíssimo por cima da baliza juventina. Dois minutos depois o defensor tente novamente de pé direito mas sem sucesso.

    O domínio da equipa de casa é evidente, mas em fase de proximidade à baliza os onze de Pioli não é suficientemente eficaz, graças sobretudo a uma boa defesa “bianconera”, que pareceu ser a única coisa funcionante na estratégia de Allegri.

    No segundo tempo o jogo manteve-se disputado, mas sem grande espetáculo e ocasiões clamorosas. O mais animado no ataque milanista foi o Rafael Leão que até tentou com toda a insistência da juventude deixar a sua marca no jogo, mas sem sucesso.

    Mais o tempo avançava, e mais os dois treinadores tentavam mexer nas equipas, com a esperança que alguém pudesse criar o número de magia e desbloquear o marcador. Não foi assim.

    Até ao fim, nenhuma das duas equipas consegui prevalecer a outra, contudo que nos minutos finais a Juventus tentou o tudo por tudo com a entrada de Kean, que pareceu muito mais animado em comparação a Dybala e Morata juntos.

    O resultado que saiu de San Siro foi mais que justo para o que vimos: 0-0 e as ambições de ambas de progredir na tabela classificatória meramente adiadas.

     

    A FIGURA

    Davide Calabria – Foi difícil escolher entre o defensor milanês e o médio Tonali. Afinal decidimos escolher o defensor de Brescia, visto que foi um pilar insuperável no eixo defensivo de Pioli: corre sem parar no corredor esquerdo, e até dois dos remates mais perigos no primeiro tempo são os seus. Defende e ataque como se quisesse passar a mensagem “até eu ficar aqui, ninguém passa”.  Verdadeiramente uma prestação de valor, e que bem faz esperar o Roberto Mancini para a nacional italiana.

     

    O FORA DE JOGO

    Paulo Dybala – A prestação do avançado argentino foi pouco palpável e incisiva. No primeiro tempo tentou algumas jogadas dentro da grande área, mas nunca conseguiu dar dores de cabeça à defesa milanesa. No segundo tempo desapareceu de todo. Não consegui ganhar uma batalha com Calabria, e nem consegui “falar” com Cuuadrado no corredor esquerdo. Enfim, mais uma prestação que deita sombras sobre a sua utilidade na equipa bianconera.

     

    ANÁLISE TÁTICA – AC MILAN

    Stefano Pioli orientou a equipa no terreno de jogo num 4-2-3-1 muito ofensivo, vista a presença de Messias, Díaz e Leão a suportar a ponta principal, Zlatan Ibrahimovic.  Até o craque sueco ficar em campo, a arma ofensiva rossonera tinha criado várias oportunidades e “aberto” corredores entre a difesa juventina.

    A defesa milanese funcionou bem, também porque os atacantes da Juventus FC não foram nem incisivos e nem criativos hoje. Em destaque certamente a prova de Davide Calabria, preferido ao Florenzi no corredor direito da defesa. O número 2 “rossonero” não desiludiu as expectativas: corre, remate, e defende como um diabo.

    Prestação positiva também dos mais novos: Rafael Leão e Sandro Tonali. O primeiro foi como sempre difícil de conter, perguntar ao Chiellini e companheiros, faltou-lhe realmente só um pouco de sorte em marcar o golo que podia mudar a casa da partida. O segundo, fez o que sabe fazer melhor: fazer circular a bola e começar as ações ofensivas do Milan. As vezes uma boa prestação não sempre é paga justamente no resultado.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Maignan (6)

    Calabria – (7)

    Kalulu (6)

    Romagnoli (6)

    Theo Hernández (6)

    Tonali (7)

    Krunic (6)

    Messias (5)

    Brahim Díaz (5)

    Rafael Leão (6)

    Ibrahimović (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Giraud (6)

    Saelemaekers (5)

    Bennacer (5)

    Florenzi (6)

    Rebic (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – JUVENTUS FC

    Massimiliano Allegri orientou a equipa para um clássico 4-3-3, com Cuadrado mais altos nas linhas ofensivas a suporte de Dybala e Morata, que voltaram a jogar juntos desde o primeiro minuto. O esperado era que o colombiano pudesse dar profundidade ao ataque biaconero, mas de facto sofreu muito as descidas de Theo Hernandez e a a vivacidade de Leão. Foi pouco útil na linha de frente, mas também a dupla Dybala -Morata foi impalpável. Isto não nos surpreende. Estávamos todos à espera que a Joya pudesse fazer a diferença e afinal foi mais um jogo cinzento e que dá para refletir.

    Mais uma vez o meio campo juventino foi impalpável, nenhum excluído. É desde o início da temporada que o jogo mediano bianconero não flui de nenhuma maneira, com um Mckennie que hoje foi a sobra do jogador que normalmente é, e com um Locatelli que ainda parece não ter encontrado o seu papel na equipa.

    Única nota positiva no meio disto tudo, como (quase) sempre, foi a defensa, com um Giorgio Chiellini pilar insuperável por qualquer jogador, e capitão que sabe puxar o melhor dos colegas da defesa.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Szczesny (6)

    De Sciglio (6)

    Rugani (6)

    Chiellini (6)

    Alex Sandro (5)

    Cuadrado (5)

     Bentancur (5)

    Locatelli (5)

    McKennie (5)

     Morata (5)

    Dybala (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Bernardeschi (5)

    Arthur (5)

    Kean (-)

    Rabiot (-)

    Kulusevski (-)

     

    Rescaldo da opinião de Paola Amore.

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