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Pouco depois da aprovação e criação da Taça da Liga em 2007, houve quem defendesse que se tratava apenas de sobrecarga a nível de calendário; recentemente surgiram críticas quanto à manutenção da competição esta época devido aos impactos da covid-19. De Braga para Leiria, eis mais uma final four da Taça da Liga.

Estive presente nas últimas três edições da competição realizadas na cidade de Braga e, sem dúvida, é uma semana diferente. Ou era. Vivia-se a harmonia entre adeptos e clubes (em especial quando a equipa da “casa” marcava presença na final four), as ruas enchiam-se de curiosos e os próprios cidadãos respiravam futebol através da fanzone criada para o efeito. Figuras da modalidade, jogadores, treinadores, convidados, jornalistas… Todos contribuíam para a festa durante sete dias. Agora, num período em que muitos sofrem nas alas hospitalares para segurarem um país em declínio físico e emocional, agarramo-nos àquilo que se vai passar dentro de campo como símbolo de esperança para o que aí vem.

Torna-se, no entanto, curioso olhar para trás e perceber que a taça que outrora ninguém queria pode funcionar como escape e trazer algum tipo de alegria a quem acompanha de perto e de longe o futebol nacional. Aliás, ao longo dos anos, o receio quanto à condição física dos jogadores deu parcialmente lugar à ideia de conquista de mais um título, quando mais não seja para o aumento da confiança da equipa considerada campeã de inverno. E, verdade seja dita, nesta edição voltam a existir jogos de cartaz nas meias-finais: FC Porto e Sporting protagonizam mais um clássico e o detentor do título, SC Braga, tem duelo marcado com o Benfica.

“Venha o diabo e escolha”. Foi assim que Carlos Carvalhal abordou o tema da Taça da Liga, ainda antes de saber que o Benfica seria o adversário a eliminar. O discurso de respeito do treinador do SC Braga tem sido uma constante ao longo da temporada mas, diga-se, é o próprio clube minhoto que também acaba por meter respeito. Esta equipa começou por ser vista como outsider mas, a pouco e pouco, tem vindo a intrometer-se nos objetivos dos crónicos candidatos ao título. Tanto que cabe ao SC Braga defender o troféu naquela que é 14.ª edição da prova.

Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Apesar do desaire na última ronda da Liga, a qualidade e a consequente campanha dos arsenalistas nas diversas frentes tem aberto caminho para resultados positivos. Pautado por um meio-campo bem organizado e pela propensão ofensiva de Ricardo Esgaio e Galeno nas alas, o estilo de jogo do SC Braga potencia um bom espetáculo e jogos dos quais se pode esperar golos. Que o diga o próprio Benfica, que, no campeonato, sofreu nas mãos da equipa orientada por Carlos Carvalhal ao perder por 3-2 na Luz. Desde esse encontro algumas coisas mudaram, e o próprio embate recente das águias com o FC Porto deixa um bom presságio quanto àquele que poderá ser o desafio entre minhotos e lisboetas.

A época encarnada tem sido de oscilações e Jorge Jesus já admitiu que a equipa ainda não atingiu o ponto de rebuçado, mas o clássico adoçou a ideia de que este Benfica tem muitas pernas para andar. Com um plano estrutural diferente do habitual, o clube da Luz apresentou-se mais sereno e com uma atitude distinta. Nomes como o de Weigl saltaram à vista e podem ter significado um crescendo relativo àquele que é o entendimento das ideias que o treinador pretende aplicar no plantel.

Mas, antes deste grande duelo, é dia de mais um clássico. O Sporting iniciou a época com a corda toda só que as últimas exibições dão conta de uma quebra de rendimento e fulgor ofensivo que podem nascer, essencialmente, daquela que é a quebra de algumas individualidades. Rúben Amorim já o havia dito em conferência de imprensa: numa equipa tão jovem e que vai sofrer com as dores de crescimento, um dia menos bom de jogadores como Pedro Gonçalves ou Nuno Santos pode originar um dia menos bom da equipa. Além deste factor, o técnico tem de lidar com problemas acrescidos devido aos jogadores infetados pela covid-19 e que não podem viajar até Leiria.

Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Essa é, inclusive, uma problemática igualmente presente no norte do país. Sérgio Conceição também está privado de peças importantes devido ao novo coronavírus (como é o caso de Sérgio Oliveira, Otávio e Luis Díaz) mas deixou a garantia de que a equipa vai à luta e no lote de disponíveis conta com o perfume de Corona para encher parte do campo. Aliás, o campeão nacional tem sido o mais regular, tanto a nível de resultados como a nível exibicional, e o tema do peso nas pernas parece não entrar na equação, apesar de os azuis e brancos somarem mais cinco jogos do que o Sporting.

Sem desprimor para qualquer emblema, estes são aqueles duelos que todos querem ver. Que todos os jogadores querem jogar e que todos os treinadores querem vivenciar, independentemente do momento atravessado pelas equipas. É um momento de afirmação que não é decisivo mas que pode ser demonstrativo da força física e mental dos principais intervenientes para aquilo que falta da temporada. Uma temporada exigente e dura, em especial por todas as condicionantes que envolvem aqueles que continuam a dar-nos o tal escape.

Para já, o futebol mantém-se, e até há quem possa não gostar da modalidade… Mas são momentos como este que puxam pelas emoções, que impedem que sentimentos tão importantes não caiam no esquecimento e que nos recordam que continuamos vivos.

Artigo de opinião de Rita Latas,
jornalista Sport TV


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