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«Muitos clubes preferem aquilo que é rápido em vez de privilegiarem o trabalho e a sua formação» – Entrevista BnR com Eduardo Moreira

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«Vítor Oliveira foi uma pessoa que me marcou profundamente, não só no plano técnico-tático, mas muito pelo perfil de treinador e pela forma de estar no Futebol»

Bola na Rede: Não o vamos maçar mais, até porque as posições que queria extrapolar ficaram bem vincadas. Para ultimar, segue-se um joguinho de resposta rápida. Preparado?

Eduardo Moreira: Sempre! (risos).

Bola na Rede: Tática que privilegia?

Eduardo Moreira: Jogo sempre para ganhar. Quando tenho bola, jogo para marcar. Quando não tenho bola, para recuperar a posse. Esse é o mindset das minhas equipas. Quanto à tática, tenho um modelo preferencial: 4-4-2. Depende é sempre das características do plantel e do momento no qual entras no clube.

Bola na Rede: TOP 3 jogadores que gostaria de ter treinado?

Eduardo Moreira: Gostava de ter treinado o Guardiola, o Ronaldo (fenómeno) e o Maldini. Três jogadores absolutamente extraordinários. O Maldini pela classe, pela leitura de jogo, pelo entendimento, pelo posicionamento. O “fenómeno” porque foi dos melhores avançados de todos os tempos e de certeza absoluta que íamos conquistar muita coisa juntos. E o Guardiola pelo seu conhecimento do jogo e do treino, pela abordagem, pela forma como olha para o jogo.

Bola na Rede: Top 3 Ligas para ser treinador e três clubes, um de cada liga? Excetuando Portugal…

Eduardo Moreira: As principais ligas europeias. A liga italiana, a liga alemã e a liga espanhola. Relativamente a clubes: todos os que possibilitassem a luta por títulos. Não especifico porque não tenho apreço por algum clube.

Bola na Rede: Por que razão não escolheu a liga inglesa?

Eduardo Moreira: Porque entendo que quer a liga espanhola, quer a liga italiana, quer a liga alemã são ligas mais ricas para aquilo que é o treinador. Isto pode soar um bocadinho estranho, mas é o que acho. Como acredito no crescimento sustentado, sei que podia fazer esse trajeto e dar os últimos passos da minha carreira em Inglaterra, pois seria o expoente da projeção. Depois disso, finalizar a minha carreira em Portugal.

Bola na Rede: Ídolo na área? Caso exista…

Eduardo Moreira: Sou muito eu e, ao longo destes anos, bebi de muitas experiências e consegui formar aquilo que sou. Naturalmente, vários treinadores me ensinaram coisas para o meu jogar, para o meu treinar. Tenho os meus treinadores de referência: Mourinho, Guardiola, o Klopp, o Pochettino, o Simeone, o Nagelsmann, o Mancini… Contudo, mesmo nestes trabalhos que faço com outros treinadores, já encontrei gente muito capaz e com muita qualidade, num nível muito mais baixo e sem a projeção da comunicação social. Como diria o Capelo, nós somos uns ladrões de ideias. Portanto, sou um bocado isso…

Bola na Rede: Neste momento, aceitava ser adjunto de um destes treinadores?

Eduardo Moreira: O meu foco é ser treinador principal. Agora, também reconheço que existem realidades que não vivi, enquanto adjunto. Nomeadamente contexto de UEFA Champions League e de Seleções Nacionais. Seria com agrado que experienciava algo do género.

Bola na Rede: Quais foram os treinadores portugueses que, de certa forma, influenciaram a decisão de querer ser treinador?

Eduardo Moreira: Vítor Oliveira. Foi uma pessoa que me marcou profundamente, não só no plano técnico-tático, mas muito pelo perfil de treinador e pela forma de estar no futebol. No dia do seu falecimento, fiz uma promessa que durante a minha carreira pretendo defender e honrar. Impulsionou-me muito para a conquista do meu objetivo e para aquilo que sou hoje.

Bola na Rede: Treinador com quem mais gostou de trabalhar?

Eduardo Moreira: Quando és treinador-adjunto, tu gostas é de ter trabalho (risos), de fazer muita coisa e de intervir. Eu tive alguns treinadores com quem tive mais liberdade do que com outros. São todos diferentes. Trabalhei com mais de 20 treinadores. Aqueles dos quais gostei mais foram os que me deram mais liberdade para expor as minhas ideias e as minhas metodologias.

Bola na Rede: Para quando Eduardo Moreira na Primeira Liga, a solo? Esta é a pergunta de um milhão de euros…

Eduardo Moreira: Não depende de mim, por mim já lá estava (risos). Capacidade e competência, acredito que a tenha. Sou realista, acima de tudo. Há muita gente com muita qualidade e que está mais bem preparado do que eu. Limito-me a aprender com eles, nesta fase. Felizmente, tenho a oportunidade de conhecer a maioria deles e os seus trabalhos. Faço o meu caminho para atingir o meu topo.

Artigo revisto por Joana Mendes

Romão Rodrigues
Romão Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
Em primeira mão, a informação que considera útil: cruza pensamentos, cabeceia análises sobre futebol e tenta marcar opiniões sobre o universo que o rege. Depois, o que considera acessório: Romão Rodrigues, estudante universitário e apaixonado pelas Letras.                                                                                                                                                 O Romão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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