FC Porto 3-1 SL Benfica: (Quase) Ano Novo, e o FC Porto de sempre

    A CRÓNICA: SECOND ROUND DIFERENTE, MAS TOADA SEMELHANTE

    O FC Porto voltou a vencer o SL Benfica, em casa, por 3-1, num jogo marcado pela autoridade dos homens que substítuiram os que não poderam comparecer ao jogo, pelo regresso ao 4-4-2 dos encarnados e pela expulsão de André Almeida ao minuto 69. De salientar ainda a forma como o FC Porto permanece, ano após ano, com a mesma identidade e forma vincada de encarar estes jogos ‘grandes’.

    Que atmosfera no Dragão! O FC Porto até começou mais nervoso, com o SL Benfica a saltar bem a primeira fase de pressão portista, contudo, o FC Porto ‘de sempre’ apareceu – asfixiante, eficaz e criterioso  – e quando é assim, ainda para mais empolgado do ponto de vista mental, torna-se complicado de contrariar.

    Como referido, o SL Benfica entrou bem, a dar menos espaço nas costas, a controlar o jogo com bola e a empurrar a criatividade para as alas onde havia Cebolinha e Rafa. Ainda assim, o FC Porto não teve qualquer problema a abdicar da bola e a juntar linhas quando necessário, impedindo, deste modo, que os encarnados criassem grande oportunidades de perigo.

    Ora, depois do primeiro aviso de Fábio Vieira (que remate!) e outro de Pepê, o SL Benfica só conseguiu reagir através de Yaremchuk que apanhou pela frente um Diogo Costa inspirado no 1×1. Depois disso, só deu FC Porto até o apito final da primeira metade, e com um tom de surpresa, ao passo que foram as novidade do 11 inicial portista a efetuar os dois golos. Ora avancemos de forma diacrónica: Primeiro foi Fábio Vieira que, com o pé direito, fez uma autêntica «cuecinha» a Odysseas e depois, de rajada, foi Pepê a ampliar o marcador. 2-0 ao intervalo, e resultado justo dado ao desenrolar da partida.

    Segunda parte e uma história (quase) totalmente diferente. Digo quase, porque o rumo dos acontecimentos acaba por ser «assassinado» ao minuto 49. Dito isto, o SL Benfica mostrou outra faceta no início da segunda metade, conseguiu chegar ao golo através de Roman Yaremchuk, mas, depois, chega o disparate de André Almeida que praticamente finda com as esperanças encarnadas. Almeida faz uma falta dura sobre Otávio, leva o segundo amarelo e deixa o SL Benfica com 10 elementos.

    Fonte: Diogo Cardoso/BnR
    Lance que motivou a expulsão de A. Almeida

    A partir daí, faça excepção um grande lance de Rafa, o SL Benfica apresentou dificuldades (normais) em criar situações de perigo, ao passo que, o FC Porto – cínico e eficaz – não tirou o pé do acelerador e, ao minuto 69, voltou a marcar através de Taremi. 3-1 e o FC Porto respirava com bola, e adormecia por completo os encarnados, com muitos momentos de ‘olés’ no Estádio do Dragão.

    Até final, a toada não se alterou e, com este resultado, o SL Benfica fica a sete pontos da liderança, enquanto os portistas ‘colam-se’ aos leões no cimo da tabela.

     

     

    A FIGURA

    Fonte: Diogo Cardoso/BnR

    Fábio Vieira – Um tratado de bola. Definição, leitura de jogo, criatividade e golo: tudo intrínseco em Fábio Vieira que precisou de pouco para marcar o seu primeiro golo esta temporada e, também, o golo que abriu o clássico.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Diogo Cardoso/BnR

    André Almeida – Dois disparates que «mataram» o encontro para a sua equipa. Acabou por recaír na ala esquerda e, apesar de se demonstrar prepotente nos duelos, revelou dificuldades para travar o ímpeto ofensivo e as permutas posicionais dos jogadores portistas. A experiência

     

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    A equipa orientada por Sérgio Conceição –  com as ausências forçadas de Evanilson e Luis Díaz –  foi obrigada a ter mudanças no corpo ofensivo da equipa, adicionando Pepê e Fábio Vieira respetivamente. Dos restantes 9 jogadores, apenas destaque para a (prevísivel) retoma de Diogo Costa à titularidade da equipa.

    O FC Porto permaneceu igual a si mesmo: muito forte no momento da perda da bola, inteligente na ocupação dos espaços, e cínico no momento de acionar os homens da frente. Exibição muito completa do lado portista.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (6)

    João Mário (-)

    Mbemba (6)

    Fábio Cardoso (6)

    Zaidu (5)

    Uribe (7)

    Vitinha (7)

    Otávio (8)

    Fábio Vieira (8)

    Pepê (7)

    Taremi (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Francisco Conceição (6)

    Toni Martínez (-)

    Sérgio Oliveira (6)

    Manafá (6)

     

     

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

    Sob o comando do novo técnico Nélson Veríssimo, o SL Benfica apresentou-se com várias novidades no onze e regressou ao 4-4-2. Morato ocupou o lugar de Otamendi, André Almeida jogou na posição de Grimaldo e, por fim, Gonçalo Ramos e Roman Yaremchuk preencheram o trio de ataque.

    Em organização ofensiva, os encarnados jogavam em 4-4-2, contudo, e de forma intermitente, iam defendendo em 4-3-3 com Gonçalo Ramos a ser o homem que baixava para ocupar a zona entre a linha defensiva e a linha do meio campo portista.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Odysseas Vlachodimos (5)

    Gilberto (6)

    André Almeida (3)

    Jan Vertonghen (6)

    Morato (6)

    Everton Cebolinha (5)

    Julian Weigl (6)

    João Mário (6)

    Rafa Silva (7)

    Roman Yaremchuk (7)

    Gonçalo Ramos (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Lázaro (6)

    Diogo Gonçalves (-)

    Pizzi (6)

    Seferovic (6)

    Taraabt (5)

     

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.